Cabo da PM e outro homem são presos por envolvimento em execução no Amapá
Crime foi planejado por um empresário do município de Santana que também participou ativamente da execução. Caso ocorreu em abril deste ano. Vítima foi sequestrada em Santana e levada para um ramal no Distrito do Coração.

O cabo da Polícia Militar (PM) Ângelo Marco Freitas dos Santos [CB. M. Freitas] e Wellington dos Santos Barbosa, de 29 anos, foram presos temporariamente nesta quinta-feira (20) durante uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe). Eles são alvos de uma investigação relacionada à execução de João Nazareno Monteiro Fernandes, de 26 anos, que foi morto a tiros em um ramal do Distrito do Coração, na região metropolitana de Macapá, no dia 24 de abril deste ano.
Com o militar a polícia apreendeu uma pistola, munições de vários calibres e várias porções de drogas como crack, cocaína e maconha.
Segundo o delegado Wellington Ferraz, que preside o inquérito, o crime foi arquitetado pelo empresário Wando da Silva Costa, de 38 anos, que chegou a ser presos temporariamente no mês de junho, mas foi posto em liberdade. Agora o empresário é considerado foragido pelas autoridades.
“Após o crime nós descobrimos o envolvimento do empresário. A vítima [João] teria cometido um roubo na loja desse empresário que decidiu fazer justiça com as próprias mãos. Para isso ele contou com o apoio do policial militar e desse outro homem. Quando realizamos a primeira fase da operação, apreendemos uma pistola na casa do empresário. Essa arma foi confrontada com os projéteis retirados do corpo durante a necropsia. A balística comprovou que os tiros participaram daquela arma. A partir disso conseguimos juntar as peças”, declarou Ferraz.
Ainda de acordo com o delegado, um dos pontos que intrigou a polícia durante as investigações foi o fato de que a vítima levou cerca de dez tiros e nenhum estojo foi encontrado no local. “Tínhamos informações que durante o sequestro da vítima um homem usou uma algema para imobilizá-la. No corpo foram identificadas pelo menos dez entradas de projétil, mas nenhum estojo foi localizado durante a varredura, mostrando que o executor tinha conhecimento de tiro e local de crime. Foi quando conseguimos chegar ao policial. Isso configura fraude processual”, explicou.

Com a prisão dos dois executores o delegado Wellington diz que o inquérito entra em sua fase final. “Agora, vamos em busca do empresário. Quem tiver qualquer informação sobre seu paradeiro pode denunciar por meio do 190 ou procurar uma delegacia”, concluiu.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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