Política

Promotora afirma que milícias e grupos de extermínio estão agindo no Amapá

Andrea Guedes fala das estratégias para o enfrentamento ao crime organizado através de ações de cooperação com forças policiais.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

A promotora de justiça, Andréa Guedes, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), concedeu entrevista na manhã deste sábado (22) ao programa Togas&Beca (Diário 90,9FM) falando sobre o combate à criminalidade no estado a partir de sua designação para a Promotoria de Investigações Cíveis, Criminais e Segurança Pública, principalmente, ao Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

 

Ela tem uma história de atuação junto ao Núcleo de Inteligência do MP-AP e diz que o compartilhamento de informações é a base para o enfrentamento ao crime organizado. “Nós já temos um termo de cooperação com a Polícia Civil, através da Delegacia Geral, de modo a disponibilizar ao nosso grupo um delegado e agentes de polícia para trabalhar junto ao Gaeco”, afirma.

 

Ela disse ter uma vasta experiência em atuações conjuntas com as forças de segurança, como a Polícia Militar, Polícia Civil e a Polícia Federal, por acreditar que sem essa integração não haverá sucesso em nenhum tipo de trabalho contra a criminalidade.

“O trabalho será muito mais diligente e investigativo”, disse ela, com o incremento da parceria agora institucionalizada com a Polícia Civil. “As organizações criminosas assolam o nosso estado, já temos a prática da agiotagem, milícias, grupos de extermínio iniciando, então, se não combatermos logo vai ser muito difícil depois”, ponderou a promotora.

 

Por fim, Andréa Guedes afirmou que os casos recentes de crimes com uma carga muito mais pesada do componente violência, chamou a atenção para a necessidade de criação dessa nova diretriz e estruturação do aparelho do estado.

 

O GAECO foi criado no início dos anos 2000, após o assassinato de um promotor de Justiça que investigava uma máfia de adulteração de combustíveis em Minas Gerais. A partir desse episódio, o Ministério Público nacional decidiu instalar núcleos do grupo em todos os estados.


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