Magistrada sugere modelo de gestão empresarial para modernização do Judiciário brasileiro
Juíza de Direito, Elayne Cantuária será a representante feminina do Norte do país no inédito curso de mestrado em Direito e Poder Judiciário, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Cleber Barbosa
Da Redação
A juíza de Direito, Elayne Cantuária, sugeriu na manhã deste sábado (05) durante entrevista ao programa Togas&Becas (Diário 90,9FM) a adoção de um modelo de gestão empresarial para que o Judiciário brasileiro possa se modernizar e ser mais célere. Ela acaba de ser aprovada num inédito curso de Mestrado em Direito e Poder Judiciário a ser realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Elayne foi a única magistrada da região Norte selecionada entre os 197 candidatos.
Ela explicou que foi um processo extremamente concorrido e difícil.
“Esse é o primeiro mestrado que o STJ e a Escola de Formação de Magistrados estão lançando no Brasil. Um curso desenvolvido por magistrados para juízes, desembargadores e ministros, pois a capacitação do magistrado é algo muito especial, que por vezes tem que deixar a sua jurisdição deixando um hiato na sua unidade judiciária para adquirir conhecimento”, disse.
Elayne declarou ainda que essa formação agregada é uma necessidade imperiosa para o magistrado, especialmente nos dias atuais.
“É uma formação que dá a esses juízes e juízas maior capacitação em gestão profissional, políticas de resultados, conforme se conjuga em um empreendimento qualquer, seja público ou privado”, destaca.
Para a magistrada, trazer inovação, modernização e eficiência será muito importante para a justiça brasileira.
“Essa é a primeira vez [no Brasil] que o STJ encabeça um projeto com essa magnitude para que haja a formação de magistrados, com grau de mestrado, mas com especialidade no exercício da sua função, na sua jurisdição, para melhorar todo esse trabalho do Poder Judiciário para o jurisdicionado, para o povo”, acrescentou.
Por fim, ela disse que a formação do magistrado é eminentemente técnica, na área do Direito, portanto, entende ser uma necessidade essa complementação como gestores, pois ao longo da carreira o juiz vai para uma Comarca no interior, vai ser diretor de um Fórum, coordenar uma unidade, então, quando se depara com determinados problemas essenciais estruturais para a justiça, entre eles a morosidade, vem a necessidade dessa gestão profissionalizada.
Deixe seu comentário
Publicidade

