Política Nacional

Bolsonaro diz que quer ‘enterrar logo’ inquérito no STF e que não tem de responder a sérgio Moro

Marco Aurélio Mello suspendeu inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF até que STF decida se presidente dará depoimento pessoalmente ou por escrito.


O presidente Jair Bolsonaro afirmou que deseja “enterrar logo” o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) instaurado para apurar se ele tentou interferir na Polícia Federal.

O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, suspendeu o inquérito até que o plenário da Corte decida se Bolsonaro deve depor presencialmente ou se pode apresentar manifestação por escrito – como pede o presidente.

A investigação tem como base declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Bolsonaro nega ingerência na PF. A polícia pediu ao STF mais 30 dias para concluir a apuração do caso.
“O Supremo vai decidir, eu não sei quando. Está na mão agora do ministro [Luiz] Fux [novo presidente do STF] pautar isso daqui. Se Deus quiser, a gente enterra logo esse processo aí e acaba com essa farsa desse ex-ministro da Justiça de me acusar de forma leviana”, declarou Bolsonaro.

Na transmissão ao vivo, o presidente criticou a previsão de que, em um depoimento presencial, advogados de Moro pudessem acompanhar e fazer perguntas.

“O inquérito continua e o ministro relator Celso de Mello queria que eu depusesse de forma presencial, respondendo perguntas para dois advogados do Moro e para o próprio Moro. O Moro não tem que perguntar nada para mim”, prosseguiu.

Rodrigo Sánchez Rios, advogado de Moro no STF, disse por nota que os advogados poderão perguntar, mas nunca foi cogitada a hipótese de o ex-ministro comparecer ao depoimento. “Não existe previsão legal e nunca foi aventada a possibilidade de participação do ex-Ministro na oitiva”, escreveu.

A decisão do ministro Celso de Mello diz o seguinte: “Nesse contexto, determino seja assegurado ao coinvestigado Sérgio Fernando Moro o direito de, querendo, por meio de seus advogados, estar presente ao ato de interrogatório do Senhor Presidente da República a ser realizado pela Polícia Federal, garantindo-lhe, ainda, o direito de formular perguntas, caso as entenda necessárias e pertinentes.”


Deixe seu comentário


Publicidade