Preso um dos autores dos ataques que deixaram 9 mortos no Amapá
Daniel dos Santos, de 25 anos, confessou envolvimento em pelo menos uma das mortes, mas polícia apura se ele esta envolvido em outras execuções no mês de setembro deste ano.

Elden Carlos
Editor-chefe
O delegado Wellington Ferraz, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pesssoa (Decipe) indiciou nesta segunda-feira (05) Daniel dos Santos Lima, de 25 anos, pelos crimes de organização criminosa e homicídio qualificado. Daniel é acusado de assassinar a tiros Alex Vando Pereira de Melo, o ‘Magrão’. O crime ocorreu no dia 12 de setembro deste ano no bairro Jardim Felicidade II, zona norte de Macapá.
Daniel foi preso durante o final de semana em Pedra Branca do Amapari pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Ele estaria planejando um assalto na zona rural da cidade, mas a Polícia Militar conseguiu se antecipar.
Magrão foi uma das 9 vítimas executadas durante uma guerra sangrenta entre facções, registrada entre os dias 12 e 13 de setembro. A sequência de mortes só cessou depois que os líderes das duas organizações criminosas emitiram um ‘salve’, decretando a suspensão dos ataques.
De acordo com Ferraz, Daniel e Magrão eram membros de facções rivais. Durante os ataques, Daniel teria recebido ordens para executar o inimigo mais próximo.
“O investigado já estava sendo procurado pelos policiais da Decipe, pois já havíamos conseguido identificá-lo como o autor dos disparos de uma das mortes, ocorrida no bairro Jardim Felicidade II. Não descartamos a possibilidade de ele ter executado outras pessoas no mesmo dia, pois foram várias mortes, durante essa guerra de organizações criminosas, que ainda estão sendo investigadas”, destacou o delegado.
“Em interrogatório, o investigado confessou a autoria do crime e, ao receber a ordem para executar membros de organizações rivais, resolveu matar a vítima com quem já possuía uma desavença pessoal. Ele foi indiciado por homicídio qualificado e organização criminosa”, finalizou o presidente do inquérito.
O criminoso foi levado para exame de corpo delito na Polícia Técnico-Científica (Politec) e depois encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) onde ficará aguardando julgamento.
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