Em live, membros do MP-AP discutem caminhos para melhorar atendimento ao câncer de mama no Estado
Instituições públicas e privadas da área, além do Ministério Público do Amapá (MP-AP) foram convidadas a participar do debate que teve por objetivo apontar caminhos para um serviço público que atenda às necessidades da população, tanto na prevenção quanto no tratamento adequado do câncer de mama.

Foi na noite de segunda-feira (26), que a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, e o promotor de Justiça da Saúde, Wueber Penafort, participaram da “Live: Câncer de mama no Amapá: Como Melhorar o Atendimento?”, promovida pelo médico Mauro Secco, presidente da Regional Amapá da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Associação Médica do Amapá. Instituições públicas e privadas da área, além do Ministério Público do Amapá (MP-AP) foram convidadas a participar do debate que teve por objetivo apontar caminhos para um serviço público que atenda às necessidades da população, tanto na prevenção quanto no tratamento adequado do câncer de mama.
O encontro virtual, aberto ao público, contou ainda com a participação do Secretário Estadual de Saúde, Juan Mendes; do diretor da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), Roberto Marcel; da médica do Serviço Social do Comércio (Sesc), Nazaré Leitão; do presidente do Instituto de Prevenção do Câncer Joel Magalhaes (Ijoma), padre Paulo Roberto; do diretor-presidente do Hospital São Camilo, Alcedir Rigelli; da representante da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Tânia Vilhena; bem como das representantes do grupo denominado Pacientes Oncológicos Unidos pela Vida e pelo Amor (Pouva).
Mauro Secco fez um histórico sobre a evolução das campanhas de prevenção, mas ressaltou vários problemas no tratamento disponibilizado no Estado, como a falta de próteses para reconstrução de mamas e ausência de equipamentos e insumos para exames de biópsia. Ele ressaltou que já houve um avanço no diagnóstico, com o acesso à mamografia disponibilizada pelo Sesc, Sesi, Prefeitura de Macapá e Hospital de Amor.
Para o especialista, a participação do MP-AP é importante para que possa dar suporte e apoio para que as soluções dos problemas sejam viabilizadas pelo poder público. “Fazer o diagnóstico precoce é a nossa ideia”, ressaltou Mauro Secco.
O promotor de Justiça da Saúde falou que além de uma estrutura adequada da rede SUS, com equipamentos e pessoal qualificado, é necessário também um atendimento humanizado na unidade. “Esse acolhimento é fundamental. É preciso ter um espaço apropriado para receber pacientes e familiares para uma boa conversa, que muitas vezes pode até facilitar o caminho de uma cura, com a crença no tratamento hospitalar. Cuidar do aspecto psicológico da família é muito importante nesse processo”, asseverou Wueber Penafort.
O titular da Promotoria da Saúde informou que continua acompanhando a execução do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em setembro último, pelo MP-AP e o Governo do Estado. O documento foi formatado a partir de um consenso entre os gestores da Saúde e Infraestrutura do Estado e da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, após uma provocação do grupo denominado Pacientes Oncológicos Unidos pela Vida e pelo Amor (Pouva) estabelecendo metas e medidas claras, objetivas e urgentes para o atendimento aos pacientes acometidos de câncer e que buscam a Unacon.
“MP está pronto para ajudar, mas precisamos ser direcionados. Podemos ser esse canal orientador, sim, basta dizer o que está acontecendo e qual o gargalo para que a gente possa fazer acontecer”, manifestou Ivana Cei.
Ao final, a PGJ do MP-AP colocou a instituição à disposição para qualificar o pessoal, e disponibilizou vagas no curso de “Elaboração de Termo de Referência” que será realizado na próxima semana, no intuito de contribuir para a resolução de um dos problemas, que são as licitações para medicamentos e equipamentos para tratamento de câncer no Estado.
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