Cidades

SVS cria Comitê para analisar casos suspeitos de reinfecção pelo coronavírus no Amapá

A Superintendência informou que o Amapá tem dois casos suspeitos de reinfecção em estudo. Amostras serão encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA).


Foto: Joelson Palheta/DA

Railana Pantoja

Da Redação

 

A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS/AP) anunciou nesta terça-feira (03) a criação de um Comitê que vai analisar possíveis casos de reinfecção pelo novo coronavírus no estado, considerando os relatos recentes de pessoas que alegam infecção pelo vírus novamente após certo período.

“Oficialmente nós temos dois casos de reinfecção em estudo. Já foram coletadas amostras pelo Laboratório Central (Lacen), que é uma unidade da SVS, e devidamente enviadas para o Instituto Evandro Chagas (PA). Então, oficialmente temos casos em investigação. O que é importante nesse momento é que saibam que a reinfecção é uma realidade mundial, temos casos e relatos em vários países, ou seja, nós não descartamos a possibilidade. No entanto, no Amapá especificamente, não temos comprovação. Para nós é importante receber todas as informações e avaliar esses casos, por isso montamos o Comitê para acompanhar e monitorar esses casos que estão sendo relatados”, explicou Dorinaldo Malafaia, superintendente da SVS/AP.

O estado não possui tecnologia suficiente para detectar casos de reinfecção, por isso a análise do material é feita por um centro de referência, no caso o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém do Pará.

“O diagnóstico vai ser super importante agora, por isso vamos lançar uma nota técnica para que a gente possa, de fato, fazer a diferença entre o que é reinfecção, coinfecção e reativação viral”, complementou Dorinaldo.

Para chegar ao diagnóstico de reinfecção, será feita a análise de sequenciamento genético e assim comprovar, ou não, a suspeita.

“Quando a gente fala em reinfecção, vamos considerar que seja, de fato, uma nova cepa do vírus infectando novamente esse paciente. Então, através da análise de sequenciamento genético, vai ser comprovado que uma nova cepa está provocando a nova infecção. A gente vai ter dois testes do tipo RT-PCR detectáveis para o Sars-Cov-2 e essas duas amostras serão encaminhadas para sequenciamento genético. O resultado vai demonstrar se é realmente um novo vírus, e aí sim vamos comprovar essa reinfecção”, finalizou Andreia Costa, farmacêutica bioquímica responsável pelo Laboratório de Virologia do Lacen/AP.

 

https://youtu.be/qJcEYsMhJpE


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