Cidades

Jornalista enfrenta batalha para conseguir transladar corpo do filho

No último sábado (19) o corpo chegou a Belém (PA) e viria no outro dia para a capital Macapá (AP), mas a empresa Gol Linhas Aéreas, responsável pelo translado aéreo nesse trecho, cancelou o voo.


Railana Pantoja
Da Redação

 

O jornalista Elden Carlos, radialista e editor do Jornal Diário do Amapá, tem enfrentado desde a semana passada uma situação extremamente difícil para qualquer pessoa que perde um ente querido. Na madrugada de terça-feira (15) para quarta-feira (16), o jornalista recebeu a notícia de que seu filho, Carlos Eugênio, de 24 anos, havia morrido em Curitiba (PR).

Não bastasse a situação, a família passou a enfrentar outra batalha: o translado funerário aéreo do corpo, já que Carlos morava somente com a esposa em Curitiba e o restante da família mora no Amapá.

No último sábado (19) o corpo chegou a Belém (PA) e viria no outro dia para a capital Macapá (AP), mas a empresa Gol Linhas Aéreas, responsável pelo translado aéreo nesse trecho, cancelou o voo.

“Infelizmente a Gol cancelou o translado que deveria acontecer ontem (20). Nesse horário agora [9h], estava programado o sepultamento, o descanso do meu filho. Mas ontem, em cima da hora, a Gol contactou a funerária avisando que tinha cancelado o translado e que, possivelmente, isso deva acontecer amanhã (22), quando meu filho já completa sete dias de morto. É uma dor inexplicável, pois além da perda, temos que conviver com o sofrimento de não ter o corpo presente, não poder dar um sepultamento digno”, lamentou Elden Carlos.

Apoio
Elden Carlos recebeu nos últimos dias apoio de muitas pessoas, principalmente ajuda financeira para custear o translado.

“Pessoas que nunca vi na vida, mas que ao longo desses seis duros dias me ampararam de alguma forma. Gratidão a todas as pessoas que colaboraram nos últimos dias, pra gente poder trazer o corpo da minha criança até Belém. Dentre todas as doações, tiro como simbologia uma que me faz acreditar no ser humano, que foi uma doação de R$ 12, feita de conta social. Essa foi a maior prova de que as pessoas ainda se importam com as outras. Mesmo que fosse o único dinheiro que aquela pessoa tivesse, ela abriu o coração e com o mínimo possível compartilhou comigo. Ela não compartilhou dinheiro, mas sim amor. Entendi aquilo como uma mensagem”, agradeceu Elden Carlos.

Para quem deseja ajudar, os dados bancários são os seguintes:


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