Política

Em reunião articulada por Randolfe, Butantan confirma disponibilidade da CoronaVac ao Amapá

Presidente do Instituto, Dimas Covas, destacou importância de estados e municípios desenvolverem planos de imunização


O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, confirmou nesta segunda-feira (21) a disponibilidade da distribuição de doses da vacina CoronaVac para o Amapá. O imunizante é produzido no Brasil pelo instituto em parceira com a farmacêutica Sinovac e, até agora, dez estados e mais de uma centena de municípios fizeram contato com o Butantan para adquirir a vacina.

 

A convite do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Covas e o ex-secretário nacional da vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, participaram de videoconferência na tarde de hoje com o parlamentar, representantes do Ministério Público do Amapá e Ministério Público Federal.

 

Na semana passada, Randolfe já havia entregado ao Governo do Estado do Amapá uma proposta de plano estadual de imunização contra a Covid-19, baseada no plano do Governo de São Paulo.

De acordo com o gestor do Instituto Butantan, a vacina CoronaVac tem todas as condições necessárias para ser adotada pelo Brasil. Segundo ele, é a que tem a maior segurança, além da estabilidade que permite  suportar até 25 dias em temperatura ambiente, o que facilita a logística de distribuição.

 

O Instituto tem hoje 3 milhões de doses armazenadas e deverá disponibilizar, gratuitamente, cerca de 4 milhões de unidades para estados interessados.

 

Autonomia de estados e municípios

Já o epidemiologista Wanderson Oliveira, que hoje presta consultoria a vários estados da federação, destacou que os estados precisam fazer ações adicionais para que a imunização seja mais rápida. Ele também explicou que a vacinação contra o coronavírus, através da CoronaVac, é realizada em duas etapas dentro de um intervalo de 14 dias.

 

O senador Randolfe Rodrigues destacou que o encontro tornou pública a disponibilidade do Butantan em oferecer a vacina aos amapaenses. O parlamentar ressaltou também a importância do estado e dos municípios começarem a tomar as iniciativas necessárias para garantir a logística das campanhas de vacinação, mesmo na ausência de um plano nacional.

“O governo de São Paulo está disponibilizando gratuitamente para todo o Brasil 4 milhões de doses, que podem ir em primeiro lugar para os profissionais da saúde. Independentemente do plano nacional de vacinação, nós temos que ter os nossos planos de imunização para, se o plano nacional retardar, podermos aplicar as vacinas aos cidadãos dos municípios”, alertou Randolfe.

 

Prefeito eleito de Macapá manifesta interesse por vacina

O senador informou ainda que recebeu durante a manhã telefonema do prefeito eleito de Macapá, Dr. Antônio Furlan (CID), que manifestou interesse em ir a São Paulo tratar sobre a aquisição com o Instituto e o Governo de São Paulo.

 

“Nós já nos disponibilizamos o quanto antes em ajudar o prefeito Furlan. A vacina representa, em primeiro lugar, vida, e já perdemos mais de 800 amapaenses num ano muito difícil. Em segundo lugar,  não tem recuperação da economia sem a vacina. O retorno à vida normal, só com a vacina. Por isso, não mediremos esforços para que nossa população seja imunizada logo”, afirmou.

 

MP fará recomendações por vacinação

A procuradora-geral do MP-AP,  Dra. Ivana Cei, declarou satisfação com as informações repassadas no encontro e disse que serão preparadas recomendações sobre o desenvolvimento de planos locais de vacinação.

“Vamos sim preparar recomendações a esse respeito, para que o estado do Amapá não perca essa oportunidade de somar tanto com as federações existentes quanto para que a União possa se sensibilizar e tomar a frente dessa grande e importante ação para todos os cidadãos brasileiros”, disse Ivana Cei.


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