Wellington Silva

Eu, robô?


O que poderá ocorrer nos meios de produção e da atividade comercial pós pandemia depois de vacinação expressiva da humanidade?

Não sei se o mundo empresarial do comércio e da indústria e principalmente os trabalhadores já se fizeram tal pergunta!

Consequentemente, os prejuízos causados pela pandemia tanto para o comércio como para a indústria inevitavelmente podem levar alguns “patrões” a insensibilidade social e a pesados gastos com tecnologia robótica buscando assim evitar despesas com pessoal. Esse sinceramente é um caminho futuro que pode ameaçar consideravelmente a atividade prática do trabalho humano no comércio e fundamentalmente nas fábricas.

Numa primeira visão comparativa, para alguns empresários que visam substancialmente o lucro, a robotização parece ser o melhor caminho quando se pensa um futuro batendo à porta, mas, parece que a coisa não é bem assim!

O primeiro fator pode ser o alto custo tanto com a compra de produtos ou elementos robóticos e sua instalação como com a manutenção destes através de prováveis substituições de peças. Portanto, com certeza, postos de trabalho ocupados, gerenciados, operacionalizados por humanos, além de ser mais racional, do ponto de vista financeiro, é mais inteligente e socialmente justo.

Nos “entretantos e finalmentes” alguns empresários tem sensibilidade social e outros nem tanto quando o assunto é o lucro da empresa. Nem todos conseguem enxergar a positividade em dividir lucros com seus empregados, por exemplo, atitude que com certeza pode “turbinar” ainda muito mais a capacidade de produção e venda de um produto. Outros, preferem ignorar esta fantástica possibilidade.

E bem a propósito de tão necessária e importante discussão fundamental também é ler ou rever a antológica obra Eu, Robô (I, Robot) do grande escritor russo Isaac Asimov, obra publicada no dia 2 de dezembro de 1950 pela Gnome Press, considerada de muito pela crítica especializada como um dos maiores clássicos da ficção científica.

Eu, Robô é um livro de dez contos, sendo que o último evidencia a total governança da Terra pelo dito e intitulado “Coordenador Mundial” Stephen Byerlev, sob quem pairam suspeitas de ser um robô, ele que administra integralmente a Terra através do uso de 4 máquinas e estas ditam e controlam o funcionamento da produção, consumo e emprego da mão-de-obra, na sua maioria, robôs.

A obra, tanto a escrita como o filme, tendo como protagonista Will Smith, nos faz refletir uma dicotomia dramática entre a humanidade e a máquina, entre a inteligência humana e a inteligência robótica.

Uma obra, uma situação, cenários para se pensar no amanhã…