Secretário afirma que medicamentos para pacientes da Unacon já foram comprados
Pacientes oncológicos questionaram a falta de várias medicações, sendo o Zometa um dos fármacos com mais tempo em falta na Unacon.
Lana Caroline
Da Redação
Pacientes oncológicos que realizam procedimentos quimioterápicos na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), questionaram na manhã desta quinta-feira (04), durante o programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) a falta de medicações imprescindíveis para o tratamento de pessoas acometidas pelo câncer.
Um dos ouvintes, identificado como Francisco, que mora no bairro Hospitalidade, em Santana, disse que há nove meses vem enfrentando problemas pela falta do fármaco Zometa (Ácido zoledrônico), utilizado no tratamento de pacientes com grande quantidade de cálcio no sangue.
Em resposta a essa reclamação, o secretário estadual de Saúde, Juan Mendes, afirmou que 82 medicamentos estão dentro do rol de medicações oncológicas e que o Amapá enfrenta problemas na aquisição de sete deles.
“Desses 82 medicamentos regulados, estamos com dificuldade na aquisição de sete deles. Destes, dois são dispensados aos estados exclusivamente pelo Ministério da Saúde. É importante frisar que essas duas medicações estão em falta no mercado internacional, exatamente pela falta de matéria prima, inclusive, essa questão da pandemia afetou diretamente as fábricas de medicamentos especiais. Mas, temos uma boa notícia, tanto o Zometa quanto outras medicações já foram compradas e se encontram na farmácia da Unacon. Abrimos a compra com dispensa de licitação para agilizar o processo e resolver o problema dos pacientes. Outras aquisições estão em andamento”, afirmou o secretário.
Vacinas
Sobre a chegada das 4,4 mil doses da vacina Coronavac, na quarta-feira (03), no Amapá, o secretário afirmou que é um passo importante para avançar na vacinação de idosos no estado. “Com essa aquisição o governador já determinou que pessoas com 75 anos comecem a ser vacinadas. Estamos trabalhando duramente para que logo, logo toda a população tenha essa oportunidade. As vacinas já estão sendo distribuídas nesta quinta-feira (04) aos municípios. Estamos fazendo nossa parte, e queremos que a população também faça a dela”, afirma.
Leitos
Questionado sobre o colapso em várias capitais do país, pela falta de leitos, Juan Mendes disse que o Amapá tem reforçado essa retaguarda, mas que se não houver o envolvimento da população nesse processo o número nunca será suficiente. A taxa de ocupação dos leitos no estado, hoje, é de aproximadamente 79%.
“Hoje, temos 248 leitos ativos exclusivamente para Covid-19. Desse total, 85são leitos exclusivos de UTI. Somos um dos estados que proporcionalmente tem mais leitos de UTI por habitante, mas isso não é suficiente se a população não ter essa sensibilidade. Podemos abrir quantos mais forem necessários, mas não havendo o engajamento coletivo eles certamente irão faltar na rede pública e privada”, declarou.
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