Cidades

Taxa de desocupação das mulheres no Amapá é 66,4% maior que a dos homens, mostra IBGE

Em 2019, no Amapá, as mulheres receberam 98,5% do rendimento dos homens. Enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$ 1.921, o das mulheres era de R$ 1.892. Essa é a menor desigualdade de renda entre homens e mulheres entre as Unidades da Federação.


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (8) informações da segunda edição das Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, que analisa as condições de vida das brasileiras a partir de um conjunto de indicadores proposto pelas Nações Unidas.

 

Dedicação doméstica

No Amapá, em 2019, as mulheres dedicaram aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos 43,7% a mais do tempo que os homens: 17,1 horas contra 11,9 horas semanais.

 

Embora as mulheres dedicassem mais horas a estas atividades, o Amapá apresenta a menor desigualdade (5,3 horas) entre as Unidades da Federação.

 

Taxa de desocupação das mulheres no Amapá é a mais alta do Brasil

 

Em 2019, a taxa de desocupação das mulheres de 14 anos ou mais de idade era 20,8%, a mais alta entre as Unidades da Federação. A taxa de desocupação dos homens era 12,5%, portanto, a taxa de desocupação das mulheres no Amapá é 66,4% maior que a dos homens. As mulheres pretas ou pardas tinham taxa de desocupação de 20,9% e as brancas, 20,8%.

Igualdade de salário

Em 2019, no Amapá, as mulheres receberam 98,5% do rendimento dos homens. Enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$ 1.921, o das mulheres era de R$ 1.892.

 

Essa é a menor desigualdade de renda entre homens e mulheres entre as Unidades da Federação.

 

Apesar de mais instruídas, mulheres ainda são minoria na docência superior

 

Entre a população com 25 anos ou mais, 15,1% dos homens e 19,4% das mulheres tinham nível superior completo em 2019. Entretanto, as mulheres representavam 46,2% dos professores de instituições de ensino superior no Amapá. Essa proporção vem crescendo, ainda que lentamente, nas últimas duas décadas. A proporção mais alta é na Bahia (51,8%) e a mais baixa, em São Paulo (43,4%).

 

Parlamentares

No Amapá, o percentual de parlamentares mulheres na Câmara dos deputados era de 37,5% das oito vagas. Portanto, o Amapá tinha três deputadas em exercício. Já o Brasil, era o país da América do Sul com a menor proporção e encontrava-se na 142ª posição de um ranking com dados para 190 países.

 

Polícia

O percentual de policiais mulheres é um indicador que, além de atender à meta de integrar as mulheres à vida pública, compõe as medidas de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar. Esse atendimento se dá no âmbito das polícias civis, subordinadas aos governos estaduais. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), em 2019, as mulheres representavam 22,8% do efetivo ativo da polícia militar e 30,5% da polícia civil no Amapá. No efetivo total, elas correspondiam a 24,3%. Sendo essa a maior participação entre as Unidades da Federação, e o Rio Grande do Norte, a menor, com 5,3%.

 

Feminicídio

Utilizada para a análise do fenômeno do feminicídio (definido na Lei n. 13.104/2015 como o homicídio contra a mulher por razões da condição do sexo feminino – violência doméstica ou familiar e menosprezo ou discriminação à condição de ser mulher), a informação sobre local de ocorrência da violência mostra que a proporção de homicídios cometidos no domicílio tem maior vulto entre as mulheres. Em 2018, no Amapá, enquanto 33,3 % dos homicídios de mulheres ocorreram no domicílio, para os homens a proporção foi de 8,8%.

Em 2018, no Amapá, todas as cinco mulheres vítimas de homicídio no domicílio eram pretas ou pardas, gerando uma taxa de 1,5 por 100 mil habitantes; fora do domicílio, a taxa de homicídio de mulheres brancas foi 17,2% maior do que de mulheres pretas ou pardas (2,5 e 2,1, respectivamente).


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