Nota 10

Bioparque da Amazônia e Instituto Mamirauá assinam termo de cooperação técnica

Através de cooperação técnica, Instituto Mamirauá vai auxiliar no cuidado dos mamíferos aquáticos que são resgatados na nossa região e levados para o Bioparque.


Railana Pantoja
Da Redação

 

O Bioparque da Amazônia e o Instituto Mamirauá assinaram na manhã desta sexta-feira (9) um termo de cooperação técnica para cuidarem conjuntamente dos mamíferos aquáticos que são resgatados na nossa região e levados para parque.

“O Instituto Mamirauá já presta assessoria técnica para o Bioparque há alguns anos, o que estamos fazendo hoje é oficializar a parceria. Isso vai nos permitir buscar recursos para que possamos implementar um centro de reabilitação de mamíferos aquáticos encontrados na nossa região”, explicou Marcelo Oliveira, diretor do Bioparque.

 

Atualmente o Bioparque da Amazônia abriga dois peixes-bois, chamados de Buriti e Perpétua. O macho foi resgatado nas proximidades do Distrito do Bailique e está há cinco meses no parque. Já a fêmea, Perpétua, estava na orla do bairro Perpétuo Socorro e mora há nove meses.

Segundo o prefeito de Macapá, Antônio Furlan, a ideia é que a permanência desses animais seja temporária, e assim que tenham condições, sejam reinseridos no habitat natural.  Na ocasião, o gestor informou também que pretende transformar o Bioparque em um centro de pesquisas.

“Aqui é um local de visitação, para ver os animais, para crianças brincarem e entenderem um pouco o que é a floresta. Mas, queremos também transformá-lo em um centro de ciência e estudos sobre a biodiversidade, agregando parceiros, como o Ibama e o Batalhão Ambiental da PMAP. Então, não tenho dúvida de que esse acordo com o Mamirauá será proveitoso”, considerou Furlan.

 

Atualmente, na nossa região, o peixe-boi e o boto são os mamíferos aquáticos mais ameaçados de extinção e isso é puxado por vários fatores, conforme explica a pesquisadora especialista em mamíferos aquáticos da Amazônia, Miriam Marmontel.

“Todas as espécies são ameaçadas em algum nível, mas as nossas amazônicas, até pela proximidade que possuem com as populações locais devido à habitação costeira em beiras de rios, encontram-se mais ameaçadas. São espécies como o peixe-boi e o boto, animais que têm interação muito próxima com a atividade humana, principalmente a pesca, e que acabam sendo alvo da chamada malha acidental”, detalhou a pesquisadora.

 

Por isso, o Instituto Mamirauá, que surgiu em 1999, desenvolve ações que possam garantir a existência das espécies.

 

“Somos vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e buscamos promover ciência para o manejo e conservação de espécies na Amazônia. Temos um dos grupos de pesquisa mais antigo do mundo, liderado pela Dra. Miriam Marmontel, que lida com o conhecimento científico de espécies mamíferas aquáticas ameaçadas de extinção. Queremos sempre ser um elo entre o conhecimento tradicional e o científico”,finalizou Emiliano Ramalho, diretor técnico-científico do Instituto.


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