Operação apreende celulares usados para aplicar golpes de dentro do Iapen
Um interno foi indiciado após ser identificado como o dono de um perfil falso que vinha aplicando golpes nas redes sociais. Ele usava fotos sensuais e nome falso de uma mulher para atrair as vítimas.

Elden Carlos
Editor-chefe
A delegada Luiza Maia, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil (2ª DP), de Santana, na região metropolitana de Macapá, comandou uma operação na manhã desta quarta-feira (28) no Pavilhão F3 do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A ação contou com apoio da Coordenadoria de Inteligência Penitenciária, Coordenadoria de Segurança e do Grupamento Tático Prisional (GTP).

Os presos foram extraídos das celas e levados para uma área de contenção nas primeiras horas do dia. Durante as buscas foram apreendidos aparelhos celulares, drogas, carregadores de celular, faca e armas de fabricação artesanal.
De acordo com a delegada Luiza Maia, o objetivo da operação foi localizar e apreender o aparelho celular utilizado por um interno, de 32 anos, que cumpre pena pelos crimes de roubo e estelionato. Esse mesmo criminoso é investigado por fraudes e extorsões.
“Esse interno utilizou um aparelho celular para criar um perfil falso nas redes sociais. Ele utilizava a foto e o nome de uma mulher [atraente e sensual] para atrair homens. Durante as conversas, o detento utilizava fotos [nudes], extraídas de perfis de sites adultos, e as trocava com as vítimas. Em seguida, alegava ser menor de 18 anos e passava a exigir valores em dinheiro para não divulgar os nudes enviados pelos alvos do golpe”, explicou Maia.
A delegada informou ainda que foram identificadas nove vítimas, todas do sexo masculino e de diferentes classes sociais. Uma delas chegou a enviar valores que somam R$ 5 mil. Esse homem procurou a delegacia para denunciar a chantagem. O detento será indiciado pelo crime de extorsão.
Há outros inquéritos policiais que investigam crimes com o mesmo modus operandi e partindo de detentos do Iapen. Além disso, também estão sendo investigadas as participações de familiares e pessoas próximas aos internos.
Imagens: Divulgação/PC
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