Macapá prepara retorno das aulas e professores fazem greve como protesto
Sem previsão de quando serão vacinados contra a Covid-19, embora estejam na lista do grupo prioritário, professores da rede municipal estão fazendo greve para protestar o retorno gradual neste momento.

Railana Pantoja
Da Redação
A Prefeitura de Macapá continua preparando as escolas municipais para retornarem com o ensino presencial das turmas do 5ª ano, na próxima segunda-feira (3). Segundo o secretário de educação da capital, Edielson Silva, as escolas estão sendo adaptadas desde o fim do ano passado para que retomem o ensino presencial.
“O que a gente fez agora foram apenas alguns ajustes para que ocorra o retorno gradual das turmas do 5º ano, com 50% da capacidade de cada sala de aula. Todas as escolas atendem do 1º ao 5º ano, mas, o retorno neste momento será somente para o 5º ano, o que consideramos favorável”, justificou Edielson Silva, secretário de Educação.
Sem previsão de quando serão vacinados contra a Covid-19, embora estejam na lista do grupo prioritário, professores da rede municipal estão fazendo greve para protestar o retorno gradual neste momento.
“Não estamos em acordo com isso. As condições sanitárias não são boas e não temos imunização para a categoria da educação. Então, de fato, as condicionantes ainda não foram apresentadas ao Sindicato, nem acessamos o planejamento, instrumentos tecnológicos ou infraestrutura adequada para o retorno. A categoria declarou greve por todos esses motivos. Estamos abertos ao diálogo com a Semed”, declarou o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Estado do Amapá (Sinsepeap), Iaci Ramalho.
Para o secretário de educação, diversos fatores mostram que o retorno das aulas presenciais é um serviço essencial. Em relação à vacinação dos profissionais, o secretário pondera que o município segue as orientações do Ministério da Saúde (MS) e o cronograma depende do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Estamos vendo bares, restaurantes e outros serviços que, na minha visão, não são essenciais, funcionando. Então, não posso acreditar que a escola seja uma atividade não essencial. O que estamos propondo é uma experiência totalmente diferente do restante do país. Enquanto outros lugares voltam de uma vez só, a Prefeitura está voltando por série. Em relação à vacina, os professores serão vacinados, mas isso não depende do município, e sim do Ministério da Saúde”, finalizou Edielson.
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