Anvisa explica situação de navio que estava aportado com tripulantes indianos em Santana
Segundo a Agência, a tripulação está sendo monitorada diariamente desde a saída do RJ e passou por teste RT-PCR na chegada ao Amapá

Railana Pantoja
Da Redação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou na manhã desta quinta-feira (27) que um navio com tripulação formada por ucranianos, russos e indianos estava aportado na Companhia Docas de Santana. O navio Medi Zuoz, com bandeira de Luxemburgo, chegou ao Amapá no dia 22 de maio, vindo do Rio de janeiro (RJ), e partiu nesta sexta (27) com destino à Singapura.
“Todos que chegam a gente faz o monitoramento, com bastante antecedência da chegada ao estado, mesmo se o navio seguir para outros portos e não atracar no Porto de Santana. Neste caso em específico, o navio veio do RJ para completar sua carga no Amapá. Chegou no dia 22 de maio, mas atracou somente no dia 23. A troca de tripulação é bastante normal, mas agora nós fazemos o cumprimento do protocolo estipulado em portaria pelo Governo Federal”, explicou Carlos Barbosa, coordenador em exercício da Anvisa no Amapá.
De acordo com a portaria nº 653/2021 do Governo Federal, é permitido amparar as tripulações estrangeiras, desde que seguidos os protocolos sanitários de prevenção ao novo coronavírus. Além disso, os tripulantes só podem desembarcar “em caso de necessidade de atendimento médico, troca de tripulação por motivo de fim de contrato ou repatriação”.
“É o que foi feito no caso desse navio. Desde a chegada ao estado os tripulantes estão sendo monitorados, e, para fazerem a troca da tripulação, foi realizado em todos o teste RT-PCR, a bordo do navio, por um laboratório particular credenciado pela Anvisa, e a descida feita por uma empresa de navegação autorizada também pela Agência e pela PF. Portanto, sai direto do navio para o aeroporto. Independente dessa situação, o protocolo é seguido em todo caso de troca de tripulação”, confirmou.
Segundo Carlos, como a tripulação estava sendo monitorada diariamente desde a saída do RJ e fez teste RT-PCR na chegada ao Amapá, não houve necessidade de cumprimento da quarentena.
“Nenhum deles está com coronavírus ou algum outro tipo de anormalidade clínica há algum tempo, por isso tivemos segurança para liberá-los. Se houvesse anormalidade clínica, eles seguiriam cumprindo quarentena, todos os tripulantes. A gente faz o acompanhamento diário do estado de saúde de quem está nesses navios, por isso conseguimos detectar se é seguro ou não liberar o desembarque”, frisou Carlos.
A tripulação do navio é composta por seis ucranianos, um russo, um romeno e onze indianos, sendo que apenas cinco foram autorizados a desembarcar para troca de tripulação no Amapá.
“A tripulação que entrou é formada por ucranianos. Eles fizeram um procedimento na entrada do Brasil, preencheram a declaração de saúde do viajante, apresentaram o teste negativado e seguiram para Guarulhos (SP). De lá, eles foram liberados para vir direto ao Amapá. No nosso aeroporto, uma agência de navegação os recebe e leva direto para fazer o embarque em Santana. Portanto, a tripulação só tem contato com quem já está na operação. O mesmo acontece durante o desembarque”, finalizou Carlos Barbosa.
A troca de tripulação ocorreu na manhã desta quinta (27). Os cinco indianos desembarcaram no Porto de Santana no começo da tarde, quando foram levados ao Aeroporto Internacional de Macapá para retornarem ao país de origem, a Índia.
O prefeito de Santana, Bala Rocha, garantiu que o município está tranquilo em relação aos navios que aportam na cidade, pois “a Anvisa deixa claro que cumpre todos os protocolos sanitários exigidos e nos dá uma segurança”.
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