Bandidos libertam reféns no Hospital de Emergências de Macapá e se entregam à polícia
Crise encerrou após duas horas e meia de negociação. Criminosos mantiveram duas pessoas reféns em pontos distintos do Hospital de Emergências da capital.

Elden Carlos
Editor-chefe
O assaltante Arielson Souza Brito, de 23 anos, libertou às 18h58 desta quinta-feira (01) a refém que ele mantinha sob a mira de uma pistola calibre .40 na área externa do Hospital de Emergências de Macapá. O comparsa dele, Alex Mário Ferreira Damasceno, de 33 anos, já havia libertado o outro refém que ele mantinha dentro do hospital.
A dupla estava em fuga pela capital após uma tentativa frustrada de assalto no município de Santana. Às 15h49 as câmeras de segurança de uma joalheria do município santanense registraram a ação dos bandidos. Arielson usa um martelo para quebrar a vidraça do caixa, mas a ação é repelida por alguém que efetua disparos de dentro da sala. Há uma intensa troca de tiros e os marginais fogem.
“A partir desse momento eles empreendem fuga no sentido de Macapá. Já na capital eles param em uma lavagem de carros onde tomam uma mulher e um lavador como reféns, levando o veículo dessa senhora. Durante essa fuga já existe um acompanhamento tático de viaturas de área da PM. Em frente ao Hospital de Emergências os criminosos colidem contra dois carros. É partir dai que eles tomam os dois reféns e a crise se instala”, disse o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major kleber Silva.
Durante a troca de tiros na joalheria o assaltante Alex Damasceno foi alvejado no abdômen. Sangrando bastante ele decidiu liberar o refém e se entregar para receber atendimento dentro da própria unidade. Com ele foi apreendido um revólver calibre 38.
“O segundo criminoso estava bastante alterado. Ao que tudo indica, ele estaria sob efeito de entorpecentes. Mas, graças a expertise dos nossos negociadores houve a rendição do perpetrador e o encerramento crise. Foi a primeira ocorrência em que tivemos que desmembrar a equipe em razão de termos dois pontos críticos. O grau de complexidade foi dobrado”, concluiu.
Arielson foi encaminhado para o Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval. Damasceno deveria ser submetido a procedimento cirúrgico e ficou sob escolta policial no próprio Hospital de Emergências.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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