Randolfe aponta suspeita de fraude sobre documentos da Covaxin
Para Randolfe, a discrepância entre as datas apresentadas pela Precisa e pelo ministério sugere tentativa de adulteração do processo.
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde.
Os parlamentares esperam que o depoente dê informações sobre o contrato celebrado entre a União e a Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.
Após ouvir explicações sobre o procedimento de compra da Covaxin, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirma ter chegado à conclusão de que estava em curso um golpe de US$ 45 milhões, que foi impedido por um servidor (Luis Ricardo Miranda) e um consultor técnico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) trabalhando como terceirizado no Ministério da Saúde (William Santana).
Mesa:
advogada do depoente, Eliana Maria Dias Santiago;
servidor e técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde, William Amorim Santana;
vice-presidente da CPIPANDEMIA, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, destacou na sexta-feira (08) a inconsistências entre várias fontes em relação à data em que a fatura de pagamento da vacina Covaxin teria sido corrigida. Ele apontou que o consultor William Santana introduziu a documentação no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Anvisa às 15h22 do dia 22 de março, mas a Precisa Medicamentos informou, através de perícia, ter enviado a fatura corrigida às 15h32.
Depois, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) indicou que o Ministério da Saúde recebeu o documento às 10h21.
“Tem um processo de fraude em curso”, alertou, reforçando o pedido por uma perícia oficial da Polícia Federal sobre a documentação.