Cidades

Ativista LGBT diz que comunidade sofre ataques diários e repreende fala de Sueli Pini

André Lopes, esteve no programa radiofônico Togas&Becas (Diário 90,9FM) para falar sobre direitos humanos e sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+.


Fotos: Joelson Palheta

Lana Caroline
Da Redação

 

Na manhã deste sábado (31), o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos LGBT, André Lopes, esteve no programa radiofônico Togas&Becas (Diário 90,9FM) para falar sobre direitos humanos e sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+.

 

Segundo ele, o direito humano é a liberdade de expressão, de escolha.

 

“A questão dos direitos humanos surge mais na ditadura militar, quando muitos padres iam visitar os presos políticos nas cadeias e, a partir daí, criaram o conceito de que os direitos humanos só defendem bandidos. Direito humano é a liberdade de uma pessoa, o direito de se expressar, de ser livre para escolher. Infelizmente, no cenário atual mundial, os direitos humanos vêm sendo atacados”, afirmou.

Sobre as declarações feitas pela desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Amapá, Sueli Pini, sobre a expressão ‘gayzismo’, André explica. “Para ela, é quando temos que ser nós mesmos dentro das nossas casas. Eu não posso demostrar afeto em público, não posso demonstrar a minha própria identidade. O ‘gayzismo’ é um ativismo que quer alterar a normatização da sociedade heteroformativa, que é composto por homem e mulher. ”

 

Em 2015, após o Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu a união estável entre casais homoafetivos. O primeiro casamento civil realizado no Amapá foi celebrado por Sueli Pini. André ressalta a maior revolta sobre as declarações dadas pela desembargadora.

 

“O que nos deixou mais tristes da fala dela não foi a questão sobre ‘gayzismo’, mas sobre tentar enlaçar as nossas orientações sexuais com o conceito de doença. Nós saímos do código internacional de doença no Brasil em 89, e, internacionalmente, em 92. Ela faz uma análise errônea dizendo que nós somos pedófilos, praticamos zoofilia e isso não é uma análise de qualquer pessoa. Em 2015, a então desembargadora fez uma fala defendendo a união homoafetiva, mas agora, em 2021, ela faz uma análise totalmente equivocada e errônea”, finalizou


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