Ex-presidente da UNA é condenado por estelionato
Iury Soledade, de 24 anos, criou uma conta falsa no Whatsapp, se passando pela deputada federal Aline Gurgel (PRB-AP), para tentar obter a liberação de R$ 300 mil.

Elden Carlos
Editor-chefe
O juiz Ailton Vidal, da 2ª Vara Criminal de Macapá, condenou nesta terça-feira (24) a cinco meses e 20 dias de prisão [em regime aberto], pelo crime de estelionato, o ex-presidente da União dos Negros do Amapá (UNA), Iury Lorran Silva da Soledade, de 24 anos.
Em 2019, Iury se fez passar pela deputada federal Aline Gurgel (PRB-AP), a quem apoiou durante campanha eleitoral, para obter vantagens financeiras de agentes públicos. Para isso o ex-presidente criou um perfil falso no Whatsapp, se passando pela parlamentar. Iury Soledade foi investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil através do inquérito policial nº 421/2019.
Entenda o caso
De acordo com denúncia narrada nos autos do processo, no dia 13 de janeiro de 2019 o ex-presidente da UMA criou uma conta no Whatsapp usando o número (96) 98418-6627. O contato foi configurado com o nome e foto da deputada Aline Gurgel.
A partir disso, segundo o Ministério Público, ele fez contato [se passando pela parlamentar] com secretarias de Estado para obter a liberação de recursos. O mesmo ‘modus operandi’ foi praticado com o presidente do Projeto Social Movimento Reggae e Macapá Rots, Edielson Pacheco, de quem Iury pediu repasse de R$ 50 mil. Ainda se passando pela deputada, Soledade também teria mantido contato com Simone da Silva Maia, pedindo autorização da mesma para que o próprio investigado movimentasse R$ 300 mil que seriam destinados para a UNA.
A farsa foi descoberta porque Edielson Pacheco desconfiou da escrita nas mensagens e procurou a assessoria da deputada. O caso acabou sendo denunciado à polícia. Em depoimento, Iury confessou a tentativa de estelionato. Ele relatou que havia a previsão de liberação de R$ 300 mil de um fundo da Secretaria de Estado do Turismo, mas que recebeu apenas parte do valor.
Como forma de conseguir a totalidade do recurso, Soledade criou o perfil falso da deputada federal para tentar ‘forçar’ a liberação, usando o nome da parlamentar. A autoria e materialidade do crime ficaram comprovadas na extração das mensagens enviadas às vítimas.
Imagem: Reprodução/Facebook
Deixe seu comentário
Publicidade
