Ministério Público discute política de autocuidado da mulher
Encontros tiveram o objetivo de resgatar a autoestima das mulheres da comunidade por meio de reflexões sobre autocuidado, demonstrando para elas a importância de cuidar do corpo, da mente e das emoções.

O Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas do Ministério Público do Amapá (MP-AP), em parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), encerrou o evento “Todas nós somos rainhas”. Um ciclo de palestras realizadas no mês de agosto que iniciou com “Uma jornada de autocuidado físico, emocional, social intelectual, aliados à autorresponsabilidade”. Os encontros ocorreram na igreja Salem, no município de Santana, e no encerramento estiveram presentes a coordenadora do núcleo e promotora de Justiça da Promotoria de Santana, Silvia Canela, a titular do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Santana, juíza Carline Nunes, a chefe de secretaria, Keila Sobrinho, e a gerente do projeto, Dionaria Mota, além de mulheres da comunidade do Ambrósio.
Os encontros tiveram como objetivo resgatar a autoestima das mulheres da comunidade por meio de reflexões sobre autocuidado, demonstrando para elas a importância de cuidar do corpo, da mente e das emoções. As palestras foram conduzidas pela facilitadora em práticas restaurativas do Governo Federal, Cleide Sobrinho, que falou sobre a importância do autocuidado para a mulher.
“Eu vejo a necessidade dessas mulheres porque eu já a tive, de falar sobre temas importantes na sociedade… A mulher na sociedade tem um papel fundamental, ela não carrega toda a responsabilidade da sociedade, mas ela precisa ter um cuidado e um trato especial… Na sociedade em que vivemos, a gente vê um preconceito muito grande contra a mulher, e esse preconceito faz com que baixe a autoestima dela e ela acaba deixando de acreditar no seu potencial por conta de coisas que ouve, então, quando nós conseguimos resgatar essas mulheres através do projeto, conseguimos resgatar toda uma geração”, destacou a palestrante.
A juíza Carline também falou sobre a alegria em ver a participação das moradoras da comunidade, que deixaram suas famílias e suas casas para dedicar um tempo para o autocuidado e a autoestima.
A promotora de Justiça Silvia Canela destacou o papel do MP-AP e do TJAP no projeto para a comunidade. “O papel do Ministério Público e do Tribunal de Justiça tem sido fundamental, porque a gente precisa reconhecer que somos instituições importantes para a comunidade e construímos uma conexão com um vínculo de confiança que possibilita o sucesso do projeto com a participação da comunidade. O projeto Comunidade Restaurativa tem como objetivo implementar as vivências dos círculos, encontros para que as pessoas possam sentar, refletir, dialogar e buscar a construção de novos paradigmas através da sabedoria coletiva, trazendo mudanças positivas em suas vidas. No início nós tivemos dificuldades porque as mulheres não vinham, não priorizavam, depois com a nossa perseverança na comunidade conseguimos mudar isso, alcançando a adesão de muitas mulheres. ”
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