Furlan avalia 1º ano de gestão como prefeito de Macapá
Durante conversa no programa Luiz MeloEntrevista (Diário FM 90,9), o prefeito da capital também falou sobre questões políticas para o ano de 2022.

Railana Pantoja
Da Redação
No último dia de 2021, em 31/12, Furlan fez um balanço do 1º ano de sua gestão como prefeito da capital.
Considerado um ‘prefeito das ruas’, Furlan diz que faz questão de estar aberto ao diálogo com os munícipes para retribuir o voto de confiança que recebeu em 2020, nas urnas.
“Eu me preparei, quis e pedi voto para estar na Prefeitura de Macapá. Então, nada mais justo que honrar meu compromisso e fazer uma gestão ao lado dos que me elegeram, dando espaço para que tenham acesso a mim.
Nossa filosofia na prefeitura é de muita entrega, trabalho, ser acessível ao povo e dar solução, tanto que temos nossa agenda de domingo nos bairros”, pontuou o prefeito.
Diário- Neste 1º ano de gestão, qual a obra mais significativa que o senhor entregou?
Furlan- Entregamos muita coisa para a população. Entregamos 15 Km de passarelas em áreas de ressaca; estamos com várias obras de pavimentação em andamento, fruto de recurso municipal, execução em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento das Cidades do Estado e emendas parlamentares; e entregamos 5 UBSs, coisa que nenhum prefeito fez em 1 ano. Entregamos dois CRAS, 7 arenas esportivas de gramado sintético e colocamos para funcionar o Centro de Especialidade Dr. Papaléo Paes.
Diário- Para fazer a ‘máquina andar’, o senhor tem usado contratos administrativos ou já realizou concursos públicos?
Furlan- Aí nós temos que dividir em 2 partes a prefeitura. Na área da Educação, fizemos 3 chamadas do concurso, somando mais de 473 novos servidores efetivos. Nesta área, não tenho nenhum professor de contrato, todos são concursados e ganham o piso salarial nacional, dado na nossa gestão. Em outras áreas, temos contratos que são necessários para manter o andamento da administração.
Diário- O município de Macapá foi quem mais recebeu recursos do processo concessão da Caesa, cerca de R$ 380 milhões. O que o senhor pensa em fazer com esses recursos?
Furlan- Usar totalmente em infraestrutura e obras, fazer uma nova orla e discutir projetos estruturantes para nossa cidade. É uma grande oportunidade de desenvolver não só Macapá, mas o estado, pelo alto valor que todas as prefeituras receberam. Devemos pegar esse dinheiro e fazer com que ele gere emprego e renda.
Diário- O senador Davi Alcolumbre, na gestão do ex-prefeito Clécio, foi um ‘Golias’ na destinação de recursos captados em Brasília. Ele tem feito a mesma coisa na sua administração?
Furlan- O senador Davi tem colocado suas emendas e um volume grande de recursos para a prefeitura, assim como outros parlamentares colocaram. A nossa relação com a bancada federal é a melhor possível.
Diário- Em entrevista anterior com o ex-prefeito Clécio, perguntei se o senhor estava dando crédito a ele em relação a obras iniciadas na gestão dele. Ele disse que não, mas reconheceu que “o mais importante é que o senhor está tocando essas obras”. Clécio tem razão sobre o crédito?
Furlan- Eu acho que o ex-prefeito está equivocado.
Toda obra que se iniciou na gestão dele, agradeci e dei continuidade; falei disso na inauguração do Shopping Popular.
Estamos tocando várias obras, mas é importante ressaltar que nem todas estavam prontas para serem executadas. Outras, porém, estavam, é o caso do Shopping Popular, que estava 90% pronto e a gente colocou recursos só para finalizar. Da mesma forma ocorreu com o Centro de Especialidades. Outras obras, como a UBS Infraero I, receberam emendas em 2021, foram executadas e entregues no mesmo ano por nós. Então, não podemos colocar todas as obras no mesmo cesto. Há diferenças e precisamos respeitar o trabalho dos profissionais que estão lá fazendo o serviço. Então, dou crédito a todos os políticos envolvidos nos projetos. Precisamos ter cuidado ao falar sobre essas questões.
Diário- Passa pela sua cabeça disputar o GEA, no embalo da boa aceitação que vem tendo como prefeito?
Furlan- Não passa pela minha cabeça. Eu tenho um compromisso com a cidade de Macapá, estamos transformando a cidade, não só com obras físicas, mas com outras inúmeras ações, de saúde, assistência social, esporte, enfim. No momento, não passa pela minha cabeça.
Diário- Mas já tem candidato?
Furlan- Tenho um pré-candidato, que é o Jaime Nunes.
Diário- E para o Senado?
Furlan- Ainda não tenho. Estamos discutindo, politicamente, dentro do nosso grupo. Temos alguns nomes que estão sendo avaliados dentro da nossa doutrina partidária.
Diário- O senhor terá muita influência nessa —o fiel da balança, por assim dizer, em conta a sua boa aceitação.Tem essa consciência?
Furlan- Hoje tenho um compromisso muito grande com a cidade, nossa equipe trabalha de domingo a domingo, pois as cidades são organismos vivos. Hoje o trabalho é nossa principal meta, mas, obviamente no período eleitoral vamos discutir para avançar, é legítimo.
Diário- Como o senhor tem tabelado, politicamente, com o governador Waldez Góes?
Furlan- Tranquilo, de vez em quando temos reuniões. Reatamos, digamos assim, o convênio que estava parado com a Secretaria das Cidades. Recentemente reunimos para tratar pautas conjuntas, como a questão da concessão do saneamento, que demonstrou toda nossa maturidade política. Se Macapá não entrasse na concessão, todo o estado seria comprometido, pois geralmente a região metropolitana é a grande responsável por conseguir maior aporte de recursos. Então, nossa relação com o governador é madura, institucional e sem problemas.
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