Pediatra alerta para o risco de não vacinar as crianças

Após completar um ano da vacinação no Brasil, a decisão de imunizar contra a COVID-19 o público infantil tem dividido opiniões e afetado a cobertura vacinal pediátrica em todos os estados.

Depois de anunciar a aprovação e distribuição de 2,5 milhões de doses contra a Covid-19 para as crianças, ainda em dezembro, o Ministério da saúde recomendou que os pais e responsáveis “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”.

De acordo com o levantamento realizado pela Folha de São Paulo, o Brasil tem 82.699 leitos para internação pediátrica; população infantil é de 35,5 milhões, o que representa, em média, a proporção de 1 leito para 430 crianças.

No Amapá, médicos especialistas reforçam a importância da vacina após pico de contaminação não últimos dois meses. Para o enfrentamento dos novos casos, o Hospital da Criança reativou a ala de tratamento contra a COVID-19 para internações e conduta de infernaria. Atualmente, não houve registro de casos graves nessa faixa etária.

“Precisamos desmitificar essa ideia de que crianças com COVID são casos que não agravam. Tivemos casos de crianças que evoluíram para insuficiência cardíaca, hemodiálise, AVC, além dos óbitos registrados no Hospital Universitário, a diferença é que não há divulgação desses casos”, explica a médica pediatra Carla Carvalho.

Por lei, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a vacinação de crianças como um direito a ser garantido. “Muita política foi feita em torno da vacinação infantil, antes não se questionava vacinar crianças”, pontua a médica.

Na última segunda-feira, 31, a cidade de Macapá iniciou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos sem comorbidades. Das 8h às 18h, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Fazendinha, Coração, Marabaixo, Padre Raul Matte, Leozildo, Pedrinhas, São Pedro, Rosa Moita, Raimundo Hozanan, Cidade Nova, Pacoval, Novo Horizonte, Brasil Novo, Curiaú e BR-210.

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