DTE prende mulher e apreende 5 revólveres furtados de empresa de vigilância
Os cinco revólveres calibre 38, fazem parte de um lote de 38 armas furtadas da empresa de vigilância Pargel Segurança Patrimonial, registrado no dia 10 de janeiro deste ano.
Elden Carlos
Editor-chefe
Uma investigação comandada pelo delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) resultou na prisão de uma mulher, de 39 anos, e na apreensão de cinco revólveres calibre 38 que fazem parte de um lote de 38 armas furtadas da empresa de vigilância Pargel Segurança Patrimonial, registrado no dia 10 de janeiro deste ano.
De acordo com o delegado, a mulher foi presa na tarde de terça-feira (08), em casa, no bairro Perpétuo Socorro, onde ela mantinha os revólveres guardados dentro do guarda-roupa. Sidney Leite disse que a identificação da investigada ocorreu após a prisão de um traficante.
“Após a prisão desse traficante nos identificamos a mulher. Ela trabalhava como vigilante da empresa e foi desligada em 2018. Não descartamos o envolvimento de outros funcionários. O que posso adiantar é que existem muitas pessoas envolvidas”, disse o delegado.
Ainda segundo Leite, a ex-vigilante foi cooptada por uma facção e era responsável pela guarda e aluguel do armamento. “Quando os integrantes dessa facção planejavam algum crime, alugavam as armas com ela. Apreendemos vários comprovantes de depósito bancário no imóvel, demonstrando a contabilidade da movimentação. Agora, com essa nova prisão, vamos dar celeridade à investigação e colocar os envolvidos na cadeia”, afirmou o presidente do inquérito.
As armas apreendidas pela DTE serão enviadas para a Polícia Técnico-Científica (Politec) para exames no setor de balística forense. O objetivo é saber se elas foram utilizadas em crimes de homicídios registrados recentemente.
Entenda o furto das armas
Bandidos invadiram na madrugada de 10 de janeiro deste ano uma sala de armas da empresa Pargel Vigilância Privada, localizada na Avenida Ana Maria Gomes, bairro Jardim Felicidade II, zona norte de Macapá, de onde foram levados 33 revólveres calibre 38, uma pistola calibre 380 e 4 espingardas calibre 12, além de mais de 1,1 mil munições. O caso só foi confirmado dois dias depois pelo 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM). A empresa não emitiu nenhuma nota sobre a ocorrência.
A polícia declarou há época que os envolvidos conheciam a operacionalização da empresa. Eles sabiam, por exemplo, que o vigilante noturno largava o plantão antes da chegada dos funcionários que trabalham durante o expediente normal. Teria sido nesse momento que os assaltantes desligaram a cerca elétrica e entraram pelo muro dos fundos.
O gravador de câmeras de segurança – onde ficam armazenadas as imagens – também foi levado, demonstrando que a ação foi minuciosamente planejada. Por se tratar de uma empresa regida por normas federais, a Polícia Federal (PF) foi acionada.
Imagens: Divulgação/PC
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