Polícia

PF deflagra operação e revela que organização criminosa se preparava para eleger representante político no Amapá

As atividades da organização não se resumiam ao tráfico de drogas. Foi revelado que os criminosos se preparavam para eleger nas eleições deste ano um representante político para atuar nas entranhas do poder em interesse do grupo.



Elden Carlos
Editor-chefe

A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriram 7 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (21) nos municípios de Macapá e Santana durante a Operação Addams. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional através de crimes como tráfico de drogas, homicídios, roubos, furtos e outros.

A operação contou com apoio da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os alvos foram identificados nos bairros Perpétuo Socorro; Laguinho; Brasil Novo, Cidade Nova, Santa Rita e Trem, em Macapá, e Baixada do Ambrósio, em Santana, além do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Segundo a PF, as investigações iniciaram após apreensões de documentos e objetos eletrônicos realizadas no início deste ano na enfermaria do presídio estadual. O material – que estava em posse de um interno – foi periciado e os elementos encontrados apontaram para o cometimento dos crimes de tráfico de drogas, inclusive interestadual, associação para o tráfico e organização criminosa. As penas para esses delitos, somadas, podem alcançar 50 anos de reclusão.

Os órgãos identificaram ainda que o esquema criminoso incluía não somente a venda de drogas no Amapá, mas também a distribuição dela para outros estados da federação, sob a responsabilidade de uma das lideranças da facção criminosa atuante no estado e que foi presa nesta segunda-feira.

Mas, as atividades não se resumiam ao tráfico de drogas. Foi revelado ainda que a organização criminosa se preparava para eleger nas eleições deste ano um representante político para atuar nas entranhas do poder em interesse do grupo.

A investigação ainda constatou fortes indícios de que uma das lideranças da organização criminosa, que estava custodiado na enfermaria do Iapen, simulava um problema de saúde para permanecer no local com maiores benefícios.

Imagens: Divulgação/PF 

 

 

 


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