Programa Mais Visão chega aos povos indígenas do Oiapoque
O programa Mais Visão chegou ao extremo norte do país, no município de Oiapoque para atender as populações indígenas de diversas etnias, com uma ação que já é considerada um feito inédito no Brasil.

No último final de semana, o senador Davi Alcolumbre e o governador do estado Waldez Góes, estiveram pessoalmente acompanhando o trabalho das equipes e preparação para o início das atividades do mais Visão nas aldeias e comunidades indígenas.
Cerca de 10 mil índios residem nessa região e, por meio do programa, receberão atendimento oftalmológico e cirurgias de catarata e pterígio, entre outras doenças que acometem os olhos. Apesar de não viver isolada, a comunidade indígena, muitas vezes tem dificuldades para atendimento médico, pela distância que separa o município da capital, por esse motivo a solução foi atendê-los na própria aldeia, proporcionando, dessa forma, uma alta abrangência de pacientes. Para isso uma grande logística em terras indígenas foi montada com o transporte das equipes e dos equipamentos por estrada, rios e até pelo ar.
São 43 profissionais entre médicos, paramédicos, gerenciamento e logística.
Povos indígenas
Em novembro do ano passado o Mais Visão esteve nas aldeias Kumenê, Kumarumã e Manga; inicialmente foi feito o levantamento das demandas e identificação dos casos a serem atendidos e, tendo como referência esse primeiro diagnóstico, realizar as cirurgias oftalmológicas. Os 1400 indígenas que vivem às margens do rio Urucauá, na terra indígena Uaça terão acesso ao programa gratuito e, pela primeira vez na história a comunidade receberá um atendimento oftalmológico de ponta, com cirurgia de catarata, medição intra-ocular para acompanhamento e até intervenção do glaucoma.
Somente no ano passado, na sede do município de Oiapoque foram milhares de consultas,cirurgias de catarata e pterígio e ainda uma cirurgia de vitrectomia, indicada para doenças retinianas, a exemplo de retinopatia diabética, descolamento de retina entre outros fatores. Entre os indígenas, a previsão para essa primeira etapa de intervenções cirúrgicas é que uma média de 300 cirurgias de catarata e pterígio sejam realizadas com 1250 exames pré e pós operatório, alem de 450 testagens para detecção da Covid 19.
O hospital itinerante foi totalmente preparado para que os indígenas sejam atendidos em um ambiente seguro para o procedimento cirúrgico. Na aldeia Kumenê , já estão programadas 22 cirurgias de catarata e 12 de pterígio, na aldeia do Manga, 43 de catarata e 123 de pterígio e no Kumarumã as equipes estão em fase de triagem para identificação.
Em relação ao programa Mais Visão, o grau de impacto pode ser visto pelo número de atendimentos prestados desde a sua criação, acerca de um ano. Hoje, já é considerado o maior programa de cirurgias de catarata do Amapá atingindo a bela marca de mais de 300 mil atendimentos. O Mais Visão beneficiou crianças, idosos, indígenas e ribeirinhos devolvendo a eles a alegria de voltar a enxergar e transformando a vida de milhares de famílias.
Idealizado e viabilizado pelo senador Davi Alcolumbre, em parceria com o governo do estado e com o Centro de Formação Humana Frei Daniel de Samarate/Capuchinhos, as cirurgias abrangem todas as classes sociais e todas as idades, inclusive recém-nascidos com problemas graves como a catarata congênita que pode levar à cegueira. Foram destinados ao programa, recursos na ordem de R$ 30 milhões de reais para que todo o Amapá seja atendido.
Para o senador Davi Alcolumbre a importância do programa mais Visão estar presente na vida dos povos originários é muito grande: “Estarmos hoje nas aldeias proporcionando esse atendimento de ponta aos nossos irmãos indígenas, com equipamentos modernos, centro cirúrgico, sem dúvida é um marco na história da saúde pública voltada aos povos originários. Realizar as cirurgias dentro dessas terras é respeitar a história desses povos.
Estou muito feliz em, junto ao governo do estado do Amapá, fazermos um programa inédito e que tem transformado a vida dos amapaenses e, nesse caso específico, transformar a vida dos povos indígenas , tão significativos para todos nós”.
O governador Waldez Góes ressaltou a forma pioneira do atendimento em terras indígenas. “Quero dizer que, mais uma vez, o Amapá é pioneiro não só com um programa de tanta largura e assistência, atendendo milhares de pessoas, mas também às populações tradicionais. Fico meu agradecimento, em nome dos povos indígenas aos profissionais de saúde que nos auxiliam para garantir essa política pública tão fundamental e ao senador Davi Alcolumbre por todo empenho”, disse ele.
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