Política

Senado deve enterrar PL da mineração em terra indígena, diz Randolfe

Líder da oposição esteve reunido com ex-ministros do Meio Ambiente e com o presidente Rodrigo Pacheco para discutir pautas ambientais


O líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou, nesta quinta-feira (24), que o Senado Federal deve enterrar o Projeto de Lei 191/20, que autoriza a mineração em terras indígenas. Atualmente, a proposta se encontra parada na Câmara dos Deputados, aguardando a criação de uma comissão para discutir a redação da matéria. A expectativa é de que o texto só seja votado na segunda semana de abril.

 

A manifestação do senador foi dada após encontro com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com ex-ministros do Meio Ambiente, que reivindicaram aos parlamentares a derrubada ou obstrução às propostas consideradas prejudiciais do ponto de vista ambiental. Estiveram presentes os ex-ministros Carlos Minc, José Carlos Carvalho e José Sarney Filho, além da ex-ministra Izabella Teixeira.

 

“Sobre o PL da mineração em terras indígenas, não há ponto algum de convergência, nem no fórum de ex-ministros, nem na sociedade civil, nem da maioria do Senado e, pelo que nós sentimos, nem do presidente Rodrigo Pacheco”, avaliou o parlamentar amapaense, indicando que a proposta não terá apoio necessário para avançar no Senado, caso seja aprovada na Câmara.

 

Na pauta da conversa, estavam os projetos de lei do “Pacote da Destruição Ambiental”, como ficou popularmente conhecido o conjunto proposições na fila para serem apreciadas pela Câmara dos Deputados e que contam com o aval do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

 

As proposições tratam da flexibilização da exploração de terras indígenas, ameaçam o licenciamento ambiental e afrouxam as regras de distribuição de agrotóxicos. As matérias são tidas como prioritárias pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que espera, com a aprovação das propostas, reforçar seu apoio com os ruralistas.


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