Família do tenente Kleber protesta novamente e diz que caso não será esquecido
O protesto foi realizado na manhã desta segunda-feira (28), em frente ao Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).

Railana Pantoja
Da Redação
A família do tenente PM Kleber dos Santos Santana, de 42 anos, protestou novamente na manhã desta segunda-feira (28) em frente ao Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), pedindo justiça e garantindo que o caso não vai cair no esquecimento. A acusação contesta a defesa do capitão PM Joaquim Pereira, autor dos disparos que mataram Kleber, e nega que o tenente tenha puxado arma em direção ao capitão.
“O algoz diz que, supostamente, teria visto uma arma de fogo na mão da vítima e reagiu disparando. Essa é a tese de legítima defesa, que não foi acatada pela família, pelos transeuntes e tão pouco pela polícia”, contestou o advogado de assistência da acusação, Marcelino Freitas.
Segundo Marcelino, não há legítima defesa por parte do capitão, pois os tiros disparados atingiram o tenente por trás, sem que ele pudesse reagir e se defender, e ainda colocando em risco a vida da criança que estava no carro com o pai. O advogado lembra que “o algoz tem um histórico de pessoa violenta” e já foi condenado por outro crime no trânsito.
“Ele já praticou violência doméstica contra suas ex-mulheres, não é uma ou duas, são várias que relatam o mesmo problema, inclusive com boletins de ocorrência. E mais ainda, ele já foi condenado por lesão corporal no trânsito em 2017, justamente por uma discussão no trânsito. Ele atropelou um motoqueiro e ainda passou com o carro por cima da moto do rapaz. Não satisfeito, pegou um extintor de incêndio no carro e agrediu o cidadão, em plena luz do dia. É uma pessoa violenta, que usa arma de fogo para matar inocentes”, afirma o advogado.
A mãe do tenente Kleber, Creuza dos Santos, diz que vai provar a inocência do filho e pede que as pessoas tenham paciência no trânsito. “Tenham calma. Se você mora longe e precisa chegar cedo em algum lugar, saia antecipadamente de casa, para não acontecer o que ocorreu com meu filho. Minha família foi destruída. Meu filho era do bem, um menino maravilhoso que lutou e estudou muito, correu atrás e realizou todos os sonhos que tinha em vida, até encontrar o monstro que tirou a vida dele. Eu vou lutar por justiça e para provar a inocência do meu filho até o último dia da minha vida se for preciso”, garante a mãe.
Kleber era o mais velho entre quatro irmãos. “Todos os meus filhos são pessoas corretas, minha família era só alegria, só festa. Hoje eu choro a todo instante, o pai dele chora escondido, a esposa precisa de amparo e eu não consigo ajudar, isso me desespera. Ela conheceu meu filho aos 13 anos, hoje tem 38, eles construíram uma vida juntos, uma família que hoje vive na dor”, relatou emocionada Creuza dos Santos.
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