Política

Piedade Videira garante que está preparada para administrar o Amapá

Ela disputará o Governo do Amapá em outubro através do Partido Socialista Brasileiro (PSB).


Foto: DA

Railana Pantoja
Da Redação

 

Única mulher com pré-candidatura confirmada ao Governo do Amapá, Piedade Videira (PSB), 49 anos, participou nesta quinta-feira (31) do programa Luiz Melo Entrevista (Diário 90,9 FM), e defendeu seu preparo e projetos para o estado.

Piedade Videira é psicopedagoga, mestre e doutora em Educação, docente e pesquisadora da Unifap, membro da Academia Amapaense de Letras, artista e fazedora de cultura. Também é autora dos livros “Marabaixo dança afrodescendente” e “ Batuques, folias e ladainhas”. A pré-candidata diz que está “preparada para ser a primeira mulher eleita governadora do Amapá”, por isso colocou o nome à disposição da população.

 

Diário- Você é fazedora de cultura, mestre e doutora em Educação. O que levou você para a política partidária?
Piedade- Especialmente porque eu vivo o Amapá real. O Amapá da propaganda política, dos indicadores positivos, é uma ilusão. E para construir o Amapá real que a gente deseja, com a resolução de todos os problemas que estão diariamente nos cercando e fazendo a população sofrer, eu resolvi me apresentar como alternativa, colocar meu nome e minha biografia à disposição da população do estado.

 

Diário- Como anda o Amapá hoje, na sua percepção?
Piedade- As pernas do Amapá são longas, mas andam muito ruins, bambas, diante da má administração histórica do estado. O Amapá tem grandes possibilidades, é um estado extremamente rico, com rica biodiversidade e diversidade. Temos inúmeras possibilidades de desenvolvimento econômico, mas ainda não foram feitos os investimentos necessários e nem houve administração comprometida com esse processo, a diferença está exatamente aí. O Amapá é um estado empobrecido, e não pobre.

 

Diário- Você é uma mulher negra. Em relação ao racismo no Brasil, todo mundo sabe que existe, mas ninguém admite que é racista. Você tem essa percepção?
Piedade- Os próprios dados históricos e os indicadores sociais produzidos pelo Estado brasileiro indicam isso. Agora, para além do racismo, que impede com que a pessoa se desenvolva integralmente, nós temos que pensar na construção de uma sociedade livre, que consiga romper desigualdades, preconceitos, e esse mandonismo que está presente na figura masculina. Nós temos que ter mais mulheres comprometidas e encorajadas a ocupar espaços de mando e comando, na elaboração de políticas públicas e acompanhando esses processos. Para além de negra, sou mulher, amapaense, profissional competente e estou determinada a mudar o estado do Amapá.

 

Diário- O que pode se esperar de Piedade Videira como governadora do Amapá?
Piedade- Uma mulher determinada, qualificada, com voz de comando, liderança e com ações estratégicas, pois temos um estado com inúmeros problemas e não dá para apenas pensar em uma ação individual e autocrática, é preciso planejamento estratégico para atender essas demandas.

 

Diário- Dizem que a esperança é a última que morre. Ainda podemos ter esperança de um dia ter um país menos corrupto?
Piedade- A esperança nos move, mas precisa ser materializada. Precisa de ação, atitude, de um programa, e principalmente, precisa de pessoas idôneas, éticas e comprometidas com a resolução dos problemas sociais. Entendo que a esperança é agora, ela representa mudança nesse momento para o cenário atual do estado. E a política é um caminho promissor, o único possível. Eu prego essa mudança e apresento nome e sobrenome: Piedade Videira, a mulher que faz.

 

Diário- Você vai enfrentar muita gente com quilômetros de estrada já na política. Está preparada para isso?
Piedade- Certamente. Enfrentar candidatos com tantos quilômetros de estrada e nos depararmos com isso, mostra que falta a eles competência e comprometimento com a resolução dos problemas do estado, que não são de agora, e sim em decorrência de várias administrações que menosprezaram nossa população.


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