Política

Fátima Pelaes afirma que sua saída do MDB foi provocada pelo deputado Acácio Favacho

Fátima afirmou que sua saída do partido – onde militou por quase 25 anos – está diretamente ligada ao que ela classificou de ‘práticas sorrateiras’ praticadas pelo deputado federal Acácio Favacho.


Elden Carlos
Editor-chefe

 

A ex-deputada federal Fátima Pelaes quebrou o silêncio que a incomodava nos bastidores sobre os motivos que a levaram a deixar as fileiras do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e migrar para o Republicanos, onde se filiou na sexta-feira (01).

Em entrevista exclusiva na manhã deste sábado (02) ao programa ‘Viva o Rádio’ (Diário 90,9FM), Fátima afirmou que sua saída do partido – onde militou por quase 25 anos – está diretamente ligada ao que ela classificou de ‘práticas sorrateiras’ praticadas pelo deputado federal Acácio Favacho.

 

“Houve uma quebra de acordo dentro do partido. Muitas articulações foram feitas na calada da noite, principalmente, pelo deputado Acácio Favacho. Um jovem, mas com práticas muito ruins. E cheguei a dizer isso à mãe dele [Francisca Favacho]. Eu posso afirmar que o principal causador de tudo isso, da minha saída do MDB, foi o deputado Acácio Favacho”, assegura.

Fátima disse ainda que o ‘vale tudo pelo poder’ acabou se enraizando nas entranhas do parlamentar – detentor do mandado de deputado federal – e que ela assiste a tudo com extrema decepção.

 

“Não saio magoada, mas decepcionada. Decepcionada em ver que as pessoas fazem tudo pelo poder. É triste ver pessoas tão jovens entrando nessa situação. Estou em uma fase da minha vida que eu não quero ter razão, quero apenas continuar trabalhando e lutando pelo que acredito”.

 

A ex-parlamentar também foi enfática ao se referir ao desrespeito sofrido nas fileiras emedebistas.

“Eu acredito que a política é a possibilidade real de transformar a vida das pessoas. Eu tenho um propósito de vida. Tenho lutado e quero continuar lutando pela minha gente. Ali [no MDB] não me cabia mais, não me permitia isso. Diante de um acordo nacional, de que teríamos uma chapa competitiva, isso não foi feito. E, o pior, foi o desrespeito comigo. Minha história [biografia] não me permite mais esse ambiente, não me permite brigar com ninguém”.

 

“Atuei por quase 25 anos no MDB, desenvolvendo um trabalho muito intenso com as mulheres, sendo a presidente nacional do MDB Mulher, atuei como tesoureira do partido no estado, então, quando você acredita no que você defende, não vale à pena essas questões. O que pesou muito mais que a nominata, foi o desrespeito com que fui tratada”.

Fátima reivindicava direitos dentro do partido, em razão de sua trajetória. Em carta ao presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, afirmou que estava saindo em razão de compromissos firmados anteriormente, mas que não foram cumpridos, citando que a chapa a ser composta elegeria mais pessoas que o atual deputado federal [com mandado] que integra a nominata.

 

“Em Brasília, houve um acordo de que haveria uma conversa com a gente, aqui, e que a chapa de federal ficaria comigo, mas na hora as coisas foram atropeladas. Então, chegou a hora de seguir em frente. Foi uma decisão difícil, mas acertada”.

 

Fátima, ao termino da entrevista, agradeceu a amiga e correligionária, Elcione Barbalho, e a seus presidentes e líderes José Sarney e Michel Temer “que representam todos os homens e mulheres que me ensinaram a viver a política democrática neste grande partido”, concluiu a ex-parlamentar detentora de cinco mandatos na Câmara dos Deputados.


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