“Vamos para guerra contra fake News nas eleições deste ano”, diz corregedor do TRE-AP
Em encontro com a imprensa, desembargador João Lages sobe o tom e considera um atentado contra a democracia quem se elege com base em mentiras espalhadas pela Internet.
Cleber Barbosa
Da Redação
O corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), desembargador João Lages, declarou guerra à proliferação das notícias falsas nas redes sociais durante as eleições deste ano. Ele recebeu a imprensa durante a 1ª edição do Circuito Eleitoral 2022, quando apontou as prioridades da fiscalização do pleito eleitoral.
O magistrado explicou que tanto quem produz, quanto quem repassa as chamadas “fake News”, está passivo de ser processado criminalmente, inclusive, quem compartilha sem checar. “Essa é uma prática criminosa. Na forma da lei é abuso do poder econômico e ainda a tipificação de abuso dos meios de comunicação, ensejando além de tirar do ar a emissora, página ou perfil de rede social e a inelegibilidade de quem se beneficiar”, ponderou.
Mas ele também apelou para o papel que a população tem que exercer diante de verdadeiros ataques midiáticos que a proliferação de notícias falsas costuma gerar. “O grande problema hoje é que a população é desinformada para distinguir o certo ou o errado em relação a essas falsas notícias, muitas pessoas chegando até a compartilhar tais conteúdos, mesmo involuntariamente acabam ajudando nessa prática”, alertou João Lages.
Já em tom de desabafo, o corregedor da Justiça Eleitoral disse que ainda tem políticos que chegam ao mandato que não deveriam estar, pois foram eleitos baseados em uma mentira espalhada de forma criminosa e acabam mudando os rumos de uma eleição, geralmente por estarem mal colocados nas pesquisas de opinião pública.
Por fim, o desembargador ratificou o papel da imprensa não apenas na cobertura das eleições, mas também no combate a essa disseminação criminosa de falsas notícias. “Só podemos mudar isso pela ação forte e combativa da Justiça Eleitoral como também pela imprensa séria e ética que precisamos contar nesse processo”, disse o magistrado, lembrando que o evento fazia parte das comemorações pela passagem do Dia do Jornalista – celebrado em 7 de abril.
Deixe seu comentário
Publicidade