Foragido que matou barbeiro em mesa de jogo é preso ao ser apresentado na delegacia
Cleber ‘Boquita’ , de 38 anos, estava com a prisão preventiva decretada pelo juiz José Castellões Neto, do plantão do Fórum de Macapá.

Elden Carlos
Editor-chefe
Cleber Isacksson dos Reis, de 38 anos, o ‘Boquita’, foi preso na tarde de quinta-feira (21) ao ser apresentado por uma advogada na Delegacia de Homicídios, localizada no Ciosp Macapaba, Zona Norte de Macapá. Boquita estava com a prisão preventiva decretada pelo juiz José Castellões Neto, do plantão do Fórum de Macapá. Ele confessou ser o autor dos disparos que mataram na última terça-feira (19) o barbeiro Renato Soares Ferreira, de 64 anos.
O crime aconteceu por volta de 7h da manhã durante um jogo de cartas que acontecia em uma casa de jogatina localizada na Avenida Anhanguera, bairro Beirol, Zona Sul de Macapá. Renato foi morto após denunciar para os jogadores presentes na mesa que Boquita estava trapaceando na partida.
Em depoimento, o algoz apresentou a versão de que atirou depois de ter sido denunciado e de que os outros jogadores teriam partido para cima dele. Mas, para o delegado Wellington Ferraz, que preside o inquérito, o depoimento vai de encontro às declarações das testemunhas ouvidas no inquérito.
“Conforme testemunhas ouvidas nos autos, a vítima alertou os outros jogadores sobre a trapaça do investigado. O Cleber teria dito que ‘cagueta morre’. Depois, levantou, sacou a arma e efetuou os disparos, sendo que um deles atingiu fatalmente o tórax da vítima. Na sequência ele fugiu”, disse o delegado.
A defesa de Boquita declarou que ele não nega o crime, mas deve apresentar a tese de legítima defesa. A advogada declarou que seu cliente estava sob efeito de bebida alcoólica e que estava passando por uma crise financeira, tendo encontrado no jogo de cartas uma possível fonte para levantar dinheiro.
Após ser ouvido em depoimento, o homem foi encaminhado para exame de corpo delito na Polícia Técnico-Científica (Politec) antes de ser encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde ficará à disposição das autoridades.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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