Política

Gabinete de Zezinho Tupinambá é alvo de operação da PF sobre corrupção eleitoral

Esta é a segunda operação, em pouco mais de 1 mês, que envolve parlamentares amapaenses.


A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta sexta-feira (20) mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado estadual Zezinho Tupinambá. O parlamentar está sendo investigado pelos crimes de peculato, corrupção eleitoral e organização criminosa, em razão da suposta contratação de servidores fantasmas, por seu gabinete de deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP), além de compra de votos.

O mandado de busca apreensão na Ação Penal Eleitoral (11528)-Processo 0600066-69.2022.6.03.0000 foi expedido pelo juiz eleitoral e relator da ação, Matias Pires Neto. Delegados e Policiais federais iniciaram as diligências por volta das 6h no gabinete de Zezinho Tupinambá, no prédio da Alap. Na operação, batizada de “Divisio”, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em outros dois endereços de pessoas ligadas a Tupinambá.

A investigação da PF identificou que, pelo menos desde o ano de 2020, o assessor de um parlamentar repassava valores do gabinete, supostamente indevidos, a terceiros. A investigação apurou fortes indícios de que, embora exercesse a função de auxiliar parlamentar, o indivíduo não frequentava o gabinete, ou mesmo a ALAP, sendo, portanto, um “funcionário fantasma”.

 

 

Histórico

Esta é a segunda operação, em pouco mais de 1 mês, que envolve parlamentares amapaenses. Em 8 de abril foi deflagrada a Operação Double Crack, que apura desvio de recursos na Alap em suposto esquema de “rachadinha”, prática ilegal na qual ocorre transferência de parte ou de todo o salário do servidor para o parlamentar a partir de um acordo anteriormente estabelecido. A PF estima que os valores desviados de 2019 até o momento giram em torno de R$ 7,4 milhões, apenas com o esquema de “rachadinha”.

Somente o deputado Alberto Negrão, foi alvo de três operações da PF. Na mais recente, em novembro de 2021, Negrão foi alvo da operação “En Passant”.

Segundo a investigação da PF, havia um esquema de desvio de verbas do gabinete do parlamentar por meio da emissão de notas fiscais frias, a partir das quais o parlamentar era ressarcido por serviços não realizados. As empresas eram de ramos como locação de veículo, escritórios de contabilidade e advocacia e serviços de comunicação social.


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