IBGE: em 2019, 16 mil amapaenses se declararam homossexuais ou bissexuais
A pesquisa inédita apontou que mais de 90% da população amapaense se identificava como heterossexual no referido ano.

Uma pesquisa inédita realizada pelo IBGE traz dados sobre a orientação sexual da população brasileira. As informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – Quesito Orientação Sexual, foram divulgadas nesta quarta-feira (25).
No Amapá, segundo a pesquisa, a maior parte da população acima dos 18 anos se identifica como heterossexual: 94,1% dos entrevistados declararam ter essa orientação sexual. Já o número de homossexuais ou bissexuais representa 2,8% dos entrevistados, o que significa 16 mil pessoas.
A pesquisa trouxe ainda o número de pessoas que não quiseram responder sobre o assunto ou não sabiam a orientação sexual que tinham: 17 mil amapaenses, que representaram 3,1% dos entrevistados. “O número de pessoas que não quiseram responder pode estar relacionado ao receio do entrevistado de se autoidentificar como homossexual ou bissexual e informar para outra pessoa sua orientação sexual”, analisa a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
Nas capitais o percentual de pessoas declaradas homossexual ou bissexual foi de 2,8%, acima da média nacional (1,8%), destacando-se Porto Alegre (5,1%), Natal (4,0%) e Macapá (3,9%).
Pesquisa experimental
Essa foi a primeira vez que o IBGE coletou dados sobre a orientação sexual da população brasileira. As informações foram divulgadas em caráter experimental, pois ainda não atingiram um grau completo de maturidade em termos de harmonização, cobertura ou metodologia. Até então, a estatística disponível sobre a temática LGBTQIA+ no Instituto era a de casais do mesmo sexo.
Os dados sobre orientação sexual foram coletados, em 2019, no módulo da PNS que investigou a atividade sexual, destinado aos moradores de 18 anos ou mais. Seguindo a metodologia da pesquisa, o entrevistado foi selecionado aleatoriamente, dentre os moradores do domicílio no momento da entrevista, para responder sobre sua orientação sexual.
A PNS não coletou dados sobre identidade de gênero, mas o IBGE estuda metodologia para incluir esse tema em suas pesquisas, “A coleta dessa característica da população nas pesquisas domiciliares requer uma abordagem diferenciada e estudos complementares por parte do Instituto.”, disse a coordenadora da pesquisa.
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