General faz balanço da Operação Ágata Norte no Amapá
A Operação é realizada anualmente e foca em atuação conjunta das forças de segurança nas áreas de fronteira.

Railana Pantoja
Editora-chefe
O Ministério da Defesa realizou no período de 1 a 9 de junho a edição 2022 da Operação Ágata Norte. A grande operação, que foi do Amapá até o Maranhão, reúne forças de segurança para atuar reprimindo e prevenindo crimes nas áreas fronteiriças dos estados brasileiros.
A ação consiste na execução de operações interagências, com efetivos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em parceria com órgãos de segurança pública e fiscalização federais, estaduais e municipais.
“Normalmente a operação é planejada no ano anterior, são meses de planejamento. Alguns dados da operação: foram envolvidos mais de três mil agentes, de diversas especializações, sob o comando do 4º Distrito Naval (PA). Como a Marinha tem a responsabilidade sobre o mar territorial e águas interiores, para a Marinha, diferente do Exército, toda essa extensão é considerada área de fronteira, então, ela tem poder de polícia. Quando vamos para essas áreas, é para reprimir qualquer crime transfronteiriço ou ambiental”, explanou o comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, general João Roberto Golbert.
No Amapá, a Operação Ágata atuou nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Serra do Navio, Laranjal do Jari e Pedra Branca do Amapari, sendo que neste último município houve a destruição de um garimpo ilegal.
“Foi uma operação com dados muito expressivos, mas sem dúvidas a maior apreensão foi das 202 mil toneladas de manganês, cobre e Cassiterita, que estavam sendo literalmente roubados do Brasil. Tudo foi extraído ilegalmente no sul do Pará e já estava em um porto de Barcarena, pronto para ser transportado em seis navios. Durante a Operação, também tivemos mais de 200 m³ de madeira ilegal apreendida; 6,7 mil caixas de cigarro contrabandeado; e retiramos de circulação muitas armas e munições. Esses mais de três mil militares se espalharam desde o litoral do Maranhão até Oiapoque, prosseguindo pelas águas interiores do rio Amazonas, chegando até a divisa do Pará com o Amazonas”, detalhou o general.
O comandante finaliza reforçando que “quando você trabalha no terreno e exerce presença, você sufoca o ilícito e a logística”.
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