“Potencial petrolífero do Amapá tem que ganhar destaque no debate eleitoral”, diz geólogo
Para Antônio da Justa Feijão o estado não pode abrir mão de pleitear, pelo menos, o gasoduto

Rodrigo Silva
Da Redação
O potencial petrolífero do Amapá ganhou destaque na última semana com o anúncio de que a Petrobrás poderá iniciar, ainda no segundo semestre deste ano, a perfuração do primeiro poço de petróleo na Costa do Amapá. O geólogo Antônio da Justa Feijão, que abordou o assunto nesta quinta-feira (30), durante entrevista ao programa Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9), alertou que, “nos estados onde não tem motores de desenvolvimento, bases de infraestrutura de produção, o petróleo é apenas um papagaio que fica amarrado em alguma coisa e passa por cima, flutuando, voando”, ressaltou.
Para Feijão, é importante que os pré-candidatos ao governo do Estado, a juventude que se apresenta como postulante a câmara federal e aos que disputam o Senado, se qualifique em discutir com os agentes da Petrobrás como vai se comportar o beneficiamento, armazenamento e o aproveitamento do gás.
“Porque se nós tivermos pelo menos o gasoduto, podemos produzir um dos elementos mais importantes que é o gás industrial, os nitratos pra agricultura e isso é muito bom pro Amapá, que já tem um sistema logístico circular muito bom, nos conectando à navegação de longo curso, e ao mundo todo nas periferias dos Oceanos e Miritituba, no Pará, que conecta a maior plataforma de produção de grãos do planeta que é o Mato Grosso”, enfatizou Feijão.
De acordo com as primeiras informações da Petrobrás, a chamada Margem Equatorial é uma faixa do mar territorial brasileiro que inclui os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, sendo que o Amapá é o mais próximo da plataforma que já vem sendo explorada comercialmente por países vizinhos, como a Guiana Francesa e a República da Guiana – onde as descobertas são consideradas de grande relevância.
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