Heraldo Almeida
Religiões afro-brasileiras e o sincretismo

Mediante o processo de colonização no Brasil, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas.
Ao manterem suas tradições religiosas, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão. Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.
É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.
Dessa forma, observamos que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série de negociações, trocas e incorporações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria. (Texto: Rainer Sousa).
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A face do meu amor
Tem a cútis da leveza
É mais fina que o esplendor
Que o glamour da natureza
Rambolde Campos/Joãozinho Gomes
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‘Mundo do Avesso’
Título da nova música de Marcelinho do Cavaco e Darlan Ribeiro, ainda trabalhando na agenda para divulgar e lançar mais uma obra no ritmo do samba. #Aguardando.
Enredo 2023
A campeã do carnaval carioca 2022, Acadêmicos do Grande Rio, vai homenagear o cantor e compositor, Zeca Pagodinho, com o enredo: “Ô Zeca, o Pagode Onde é Que é? Andei Descalço, Carroça e Trem, Procurando Por Xerém, Pra Te Ver, Pra Te Abraçar, Pra Beber e Batucar!”.
Literatura
Escritora amapaense, Raquel Braga, lança nesta sexta (8) e no sábado (9), os livros: ‘Divagações’ ‘Os Estatutos do Homem Pós-Pandemia’. O lançamento vai acontecer na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Caminhada
Dia 17 de julho vai acontecer a 3ª Caminhada da Fé São Tiago, com saída, às 16h30, da Comunidade do Ajudante e chegada na Vila de Mazagão Velho.a realização é dos Devotos de São Tiago.
Programação
A coordenação da programação da tradicional Festa de São Tiago, que acontece todo mês de julho na comunidade de Mazagão Velho, já está nos preparativos para o evento acontecer.
‘Ilhas Que Bailam’
Título de uma das músicas de Osmar Júnior e Fernando Canto, que está no disco “Piratuba a Cantoria no Lago”, do poetinha Osmar Júnior.
‘O Canto da Amazônia’
Um programa com a cara e o jeito da nossa gente, de segunda à sexta, às 16h, na Diário FM 90,9. É bom de ouvir. Ele valoriza o que é nosso. Sintonize.
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