Síndromes respiratórias: especialista alerta para cuidados com higiene, uso de máscaras e esquema vacinal completo
Mês de julho apresenta aumento de casos em crianças; 60% dos leitos pediátricos estão ocupados
Alterações climáticas e baixa cobertura vacinal são alguns dos motivos para o aumento de casos de doenças respiratórias em crianças na faixa etária de 03 meses a 12 anos e consequente mudança do perfil de internações na rede pública de saúde do estado.
De acordo com dados do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), desde o mês de março não houve registros de casos de Influenza, nem de covid-19 no público que a rede presta assistência.
Entretanto, nas primeiras semanas de julho o hospital registrou 13 casos de coronavírus e crianças com síndromes gripais leves, que evoluíram para graves porque ainda não tinham sido vacinadas contra influenza.
Diante do aumento, especialistas reforçam a importância dos cuidados com higiene pessoal, uso de máscaras e esquema vacinal completo.
“Nosso clima oscila bastante entre sol e chuva o que contribui para o aumento de casos de doenças respiratórias, por isso é muito importante cuidados com higiene, o uso de máscaras e o esquema vacinal completo”, alerta a diretora do HCA, Roseane Pereira.
Ela destaca que o atendimento no Pronto Atendimento Infantil do Estado (PAI) chega a um aumento de 80%, porém a maioria desses casos tem classificação de risco azul ou verde, ou seja, são de menor gravidade e podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde do município.
A baixa procura pela vacinação na faixa etária de 5 a 11 anos é outro motivo para o aumento de casos de doenças respiratórias. Este fator, explica a secretária adjunta de enfrentamento à Covid-19, Maracy Andrade, que é médica pneumologista, está mudando o perfil das internações na rede pública de saúde, onde a ocupação de leitos pediátricos já alcança 60%.
“Não é falta de vacinas, temos o suficiente para a cobertura vacinal completa. Porém, os pais precisam vacinar seus filhos”, alerta a secretária.
De acordo com os dados epidemiológicos das últimas semanas, houve um aumento considerável de casos de COVID-19 no estado e 69% das internações são de pessoas não vacinadas ou que não completaram o esquema vacinal.
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