Cidades

Colisões entre avião e aves podem estar relacionadas com aterro sanitário nas imediações do aeroporto de Macapá

Linha com cerol também preocupa pilotos da região.


Rodrigo Silva
Da Redação

 

As colisões de aeronaves com pássaros são mais comuns do que se imagina, um risco que pode colocar muitas vidas em perigo. No Brasil, acidentes desse tipo são constantemente registrados nos aeroportos das grandes capitais.

Recentemente uma aeronave Embraer EMB-110 Bandeirante do Governo do Estado do Amapá (GEA) ficou com o ‘nariz’ severamente danificado, depois de colidir com um urubu enquanto voava entre Oiapoque e a capital, Macapá. O incidente foi registrado no dia 27 de julho, durante a aproximação para o pouso.

“Nós tivemos uma sequência de três urubus a três mil pés, o terceiro foi inevitável, eu tive que tirar na última hora, pra esquerda, e ele pegou no nariz do nosso avião. Se não tivéssemos tomado atitude, ele iria entrar voando na nossa cabine”, explicou o chefe da Divisão de Transportes Aéreos (Ditraer) e piloto de aviação civil, Carlos Augusto de Almeida Lima.

Em nota, o GEA informou que durante o incidente havia nove pessoas a bordo, sendo sete passageiros e dois pilotos e que todos estão bem. O Governo do Estado também expressou preocupação com as colisões com aves, sobretudo por conta de um aterro sanitário nas imediações do aeroporto.

“Quando chega o lixo na lixeira pública, ele tem que ser imediatamente amassado para não haver a proliferação dos urubus na área, porque o lixo é amassado, é feita aquela separação dos nossos carapirás, mas o que não presta e não interessa, é amassado por tratores que ficam na área e aqui não está sendo feito isso corretamente”, ressaltou o comandante o Carlos.

Linha com cerol

Uma diversão polêmica, mas popular entre a criançada, também pode causar danos perigosos para a aviação, principalmente perto de aeroportos. Soltar pipas nessas regiões pode gerar acidentes graves, caso uma aeronave venha a ter problemas de grandes proporções.

 

“A linha com cerol, ninguém pode imaginar, mas ela fere uma superfície de avião e traz problemas sérios, tipo cortar um equipamento como o tubo de pitot, que é um equipamento que fornece informações com a velocidade do avião, pode cortar uma antena de comunicação, dada a velocidade e a qualidade do cerol”, finalizou o comandante.


Deixe seu comentário


Publicidade