Cidades

Catamarã de luxo que pegou fogo não tinha seguro, diz empresário

Jorge Amanajás disse que tem apenas as garantias do financiamento que fez junto ao Banco da Amazônia para construir o empreendimento.


Fotos: Imagens Aéreas Águia Drone e DA

Railana Pantoja
Da Redação

 

No último sábado (6), um catamarã de luxo pegou fogo no estaleiro onde estava sendo construído. O incêndio causou perda total da embarcação, que teve investimentos de R$ 8 milhões do Banco da Amazônia, através do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), e foi construída para fazer a rota Macapá/Belém/Macapá de forma expressa, tendo a capacidade de transportar mais de 200 passageiros.

“Isso foi muito triste. É um empreendimento com investimentos há 10 anos, inclusive o projeto foi financiado pelo FNO, sendo totalmente construído no local onde pegou fogo. Era uma embarcação de última geração, com segurança e qualidade, sem nenhuma embarcação do tipo no Brasil para ser comparada”, lamentou o empresário e ex-deputado estadual Jorge Amanajás.

Segundo o proprietário da embarcação, o catamarã Rio Araguari não tinha seguro contra sinistros e estava no estaleiro passando por manutenção.

“Não estava no seguro, porque ainda é um empreendimento vinculado ao Banco da Amazônia, e ainda vamos fazer as tratativas. Então, realmente ainda não havia o seguro da embarcação. Os seguros do projeto eram outros, como de garantia, por exemplo. O prejuízo será arcado totalmente pela empresa, mas certamente as garantias que estavam para o financiamento ajudarão nisso”, explicou o proprietário.

Jorge tem uma hipótese sobre o que teria ocorrido e que ocasionou o incêndio: ação criminosa de pessoas com quem ele já teve outros desentendimentos na área, que fica na região conhecida como ‘Ponte do Zeca Diabo’.

“Infelizmente, aqui é uma área de muito risco. Possivelmente, consumidores de drogas adentraram a embarcação e destruíram. Estou indo hoje (8) para a delegacia fazer boletim e a Capitania dos Portos também já esteve aqui. Já temos algumas informações e provavelmente vamos chegar nesses bandidos. Mas, o mal está feito: a embarcação foi destruída. Ela tinha uma cotação de U$ 4 milhões no mercado internacional”, apontou.

Sobre a segurança no local onde o catamarã estava, Jorge frisou que a região é muito perigosa até mesmo para quem trabalha com isso.

“Quando colocamos seguranças aqui, eles foram ameaçados e praticamente expulsos pelos bandidos. Era bem complicado fazer a segurança, pois qualquer um corre o risco de ser morto aqui”, finalizou Jorge Amanajás.


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