Polícia

Presos da operação Queda da Bastilha começam a passar por exame de corpo de delito

Combate à organização criminosa com atuação dentro e fora do Iapen foi deflagrado nesta quarta-feira, 14


Até o fim da tarde desta quarta-feira, 14, pelo menos quatro dos presos pela Operação Queda da Bastilha, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/AP) do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e Polícia Federal (PF), haviam passado por exame de corpo de delito, último ato antes do encaminhamento para a prisão. Conforme o Diário do Amapá apurou, passaram pelo exame o delegado de polícia civil Sidney Leite Henriques (licenciado para disputar mandato de deputado estadual), José Antônio Bastos Nunes (diretor na penitenciária), o guarda penal Marton Cleidson de Araújo Costa e a advogada Verena Lúcia Corecha Costa.

 

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público do Amapá, a operação foi deflagrada para combater uma organização criminosa com atuação estruturada dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Para o cumprimento dos 22 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva, a operação contou com o apoio da  Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) e Equipes da Força Tática da PM/AP, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Grupo Tático Prisional (GTP).

 

A organização é investigada pelos delitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, prevaricação, falsidade ideológica e lavagem de capitais. As buscas e prisões preventivas ocorreram em residências e escritórios de advocacia, nos bairros Pacoval, Central, Cidade Nova, Jardim Equatorial, Novo Buritizal, Perpétuo Socorro, Trem, Cabralzinho e Fazendinha. Seis mandados de busca no IAPEN, quatro em celas de internos e dois em salas de servidores; oito mandados de prisão preventiva e um de prisão domiciliar contra servidores públicos, advogados e presos do regime fechado. Houve ainda, bloqueio de valores depositados em contas bancárias e aplicações financeiras de 21 investigados.

 

As investigações iniciaram a partir da prisão, em fevereiro deste ano, de uma funcionária da empresa que fornecia alimentação para o Iapen, e que foi flagrada ao facilitar a entrada de drogas, armas e munições na penitenciária. Após esta prisão, PF e Gaeco/AP constataram fraudes e crimes dentro do Instituto, mediante pagamento, com a participação de servidores da Segurança Pública, advogados, presos e policiais penais. Alimentação diferenciada, entrada de celulares e drogas, fornecimento de atestado médico falso para concessão de prisão domiciliar e irregularidades no uso de tornozeleira eletrônica são as irregularidades e crimes identificados.


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