Clécio Luís garante que fará um governo sem retaliações
Futuro governador promete igualdade no tratamento com os municípios, e já anuncia trabalhos para a transição

Douglas Lima
Editor
O ex-gestor de Macapá e governador eleito Clécio Luís, neste período pós-eleição e antes do início do processo de transição, empenhou-se em manter contato com todos os prefeitos amapaenses, além de em fidelidade ao seu partido, o Solidariedade, cumprir agenda nacional de encontro em São Paulo com Lula da Silva (PT), a quem firmou apoio à sucessão presidencial do país.
Clécio deu entrevista ao Sistema Diário de Comunicação, na manhã desta terça-feira, 11, quando, entre outros prontos, garantiu que fará um governo sem retaliações e em busca de consensos para o desenvolvimento do estado no agronegócio, agricultura familiar, educação, saúde, segurança, cultura, turismo e outros setores.
O futuro governador revelou que ainda ontem ligou para o prefeito da capital, Dr. Antônio Furlan, colocando-se à inteira disposição, e que antes fizera o mesmo com todos os outros 15 gestores municipais. Clécio abordou o fato de ter perdido a eleição somente em Serra do Navio e Laranjal do Jari, mas garantiu que isso não representa nada em torno do apoio igualitário que dará a todas as unidades amapaenses.
Clécio Luís informou em primeira mão, na entrevista, que nesta quinta-feira, 13, às 8h, ao lado do governador Waldez Góes (PDT), dará entrevista coletiva para anunciar as equipes do processo de transição, tanto da gestão que vai sair do Palácio do Setentrião como da que vai administrar o Amapá a partir de 1 de janeiro de 2023. A equipe de Clécio, de acordo com o que ele informou, ocupará um andar inteiro da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O governador eleito, também na entrevista ao Sistema Diário de Comunicação, disse que vai mostrar como se desarma um palanque de campanha. “Vamos assumir dia primeiro de janeiro, e no dia seguinte já montaremos gabinete de trabalho no Hospital de Emergência e Hospital de Santana”, garantiu, lembrando que isso foi uma das principais promessas de campanha que ele fez.
“Que fique claro que não vou morar nos hospitais, mas ter a presença do governador nesses locais para junto com todos dali resolvermos a situação que se apresentar”, esclareceu o futuro gestor estadual em recado a opositores que propalam a inverídica promessa de que ele, se ganhasse a eleição, passaria a morar nos estabelecimentos de saúde. Depois dos gabinetes no HE e em Santana Clécio terá a mesma estrutura em outros hospitais públicos do estado.
O governador informou ainda que a construção do novo Hospital de Emergência está em processo de licitação para execução pelo próprio governo do estado. O futuro HE terá o triplo da capacidade de atendimento do atual Hospital de Emergência. “O dinheiro está na conta, 120 milhões de emendas do senador Davi; terreno já temos. Falta agora só concluir a licitação para as obras terem início”, descreveu o futuro gestor, antecipando que a construção será iniciada com previsão de dois anos para conclusão.
O gestor eleito apresentou na entrevista um extrato pessoal de sua conta no Banco do Brasil e declaração da gerência geral da instituição financeira no Amapá informando que não consta nenhum depósito de R$ 600 mil em nome de Clécio Luís Vilhena Vieira, o nome completo do ex-prefeito da capital. Ele fez questão de mostrar o extrato e a declaração porque durante a campanha foi acusado por opositores de ter favorecido os empresários de ônibus de Macapá em troca de três cheques, cada um com o valor de R$ 600 mil.
Clécio prometeu que vai acionar judicialmente todos os que o acusaram de forma intencional de favorecimento aos donos de ônibus de Macapá. “Farei isso porque a verdade tem que prevalecer. Claro que muita gente foi enganada, e me acusou, mas aqueles que intencionalmente fizeram isso vão responder na Justiça”, ameaçou o governador eleito.
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