Polícia

Julgamento de Leandro Freitas deve terminar só quarta-feira

Até ao fim da tarde desta segunda-feira, apenas quatro das 13 testemunhas do caso tinham sido ouvidas


 

Ouvidas apenas quatro das 13 testemunhas arroladas para a sessão do Tribunal do Júri de Macapá, o julgamento do policial civil Leandro Freitas, acusado de feminicídio à empresária Kátia Silva, iniciado às 9h desta segunda-feira, 17, conforme estimativa de experientes no setor, pode terminar apenas na quarta-feira.

 

A presidente da sessão, juíza Lívia Freitas, encerra os trabalhos desta segunda-feira às 20h, para reabri-los amanhã, às 8h, continuando com as oitivas das testemunhas. Depois, os advogados de defesa do réu e os representantes da Promotoria Pública, que atuam na acusação, irão alternar-se na justificativa de suas respectivas teses.

 

A simulação da morte de Kátia Silva deverá ser feita apenas na quarta-feira de manhã em local devidamente preparado para as ações. Essa simulação deverá ser fundamental para a decisão do Conselho de Sentença convocado pela Vara do Tribunal do Júri para o julgamento.

 

O caso

De acordo com a denúncia, em 8 de julho de 2020, no bairro Jardim Marco Zero, em Macapá, Leandro Silva e Kátia Silva, que mantinham relacionamento amoroso há quase dois meses, foram até à residência do filho da vítima para uma comemoração. Segundo testemunhas, o policial civil, que ingeria bebida alcoólica, estava alterado e manuseava uma arma de fogo, o que causou desconforto entre os presentes. Elias Reis, o advogado da defesa, diz que os dois se conheciam há apenas dois dias, conforme provas que estariam no telefone de cada um.

 

Posteriormente, o casal discutia dentro de um veículo em frente à casa do filho da vítima, quando um disparo foi ouvido pela nora e pelo filho de Kátia, que se dirigiram ao local e encontraram a empresária caída no chão, ferida, e o réu com ferimento na altura do ombro, dentro do veículo.

 

A autoria do crime em questão possui duas versões diferentes: uma do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e uma da defesa do acusado Leandro Freitas. A denúncia ofertada pelo MP-AP sustenta que o policial civil foi o responsável pela morte da empresária, ocorrida durante discussão dentro de um veículo. De acordo com a perícia, a vítima foi atingida com um tiro disparado a curta distância – “à queima roupa” – e o caso foi caracterizado como feminicídio.

 

Leandro Silva, que foi preso em flagrante, recebeu autorização para responder em liberdade quatro meses após o caso, em novembro de 2020, mas voltou para Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) em 2021.

 

 


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