Polícia

Julgamento do ex-policial Leandro Freitas é retomado nesta quarta

Caso é tratado como julgamento de um autor de feminicídio; defesa do réu levanta tese de negativa de autoria


 

Reiniciada às nove horas da manhã de ontem, 18, a sessão de julgamento do ex-policial Leandro Freitas prosseguiu até às 22h30min. Com quase 14 horas de duração dos trabalhos, ainda ontem foram ouvidas cinco testemunhas: três de acusação e duas de defesa. O júri popular, que entra no terceiro dia, foi retomado às 8h30 de hoje.

 

Nestes dois primeiros dias de julgamento já foram ouvidas dez testemunhas. Ainda faltam ser ouvidos duas testemunhas de defesa e três peritos.

 

Para esta quarta-feira há expectativa de que ocorra a apresentação da arma usada no crime e até mesmo um veículo de marca e modelo compatíveis com aquele no qual aconteceu o disparo que vitimou Kátia Silva. A pedido da assistência de acusação, a juíza Lívia Freitas, titular da Vara do Tribunal do Júri, autorizou a apresentação destes materiais para simulação, no estacionamento do Fórum, perante o Conselho de Sentença, da dinâmica dos fatos. Ainda não há horário definido para a simulação.

 

 

Sobre o caso

Consta nos autos que no dia 8 de julho de 2020, por volta de uma hora da manhã, no bairro Jardim Marco Zero, o então policial civil, com manifesta intenção de matar e uso de arma de fogo, liquidou Ana Kátia Almeida da Silva com tiro que a atingiu na região do tórax, causando-lhe a hemorragia interna que resultou em sua morte.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o policial civil foi quem matou Ana Kátia Silva com um tiro no peito numa discussão em um carro. A acusação argumenta que eles tinham um relacionamento de cerca de dois meses. O crime, desde o início, é caracterizado como feminicídio.

 

Segundo a acusação, Leandro Silva Freitas é o autor do crime e há provas periciais, como exame de resíduo de pólvora no corpo da vítima e nas mãos do réu.

 

Já a defesa de Leandro alega que o disparo não foi efetuado por ele, mas pelo filho da vítima, ao tentar retirar-lhe a arma.

 

O ex-policial civil teve prisão domiciliar concedida em 2020, mas a decisão foi revertida em 2021, quando foi descumprida uma das condicionantes. Ele estava aguardando o julgamento em cumprimento de regime fechado.

 

 

 


Deixe seu comentário


Publicidade