Ex-policial civil que matou Kátia Silva é sentenciado a um ano e sete meses de prisão, mas sai do Fórum em liberdade
Conselho de Sentença entendeu que tiro disparado por Leandro Freitas foi acidental.
Douglas Lima
Editor
O ex-policial civil Leandro Silva Freitas foi condenado a um ano e sete meses de prisão, no regime aberto, podendo recorrer da sentença em liberdade. O julgamento, começado às 8h de segunda-feira, dia 17, terminou às 7h39min da manhã de sábado, 22, no Fórum ‘Desembargador Leal de Mira’, de onde o então réu saiu direto para casa.
O conselho de sentença reconheceu a materialidade no crime que liquidou a empresária Kátia Silva com dois tiros de revólver, mas entendeu que os disparos efetuados por Leandro foram de forma acidental, demonstrando negligência e imperícia no manuseio do revólver. Por causa disso, ele pegou um ano e três meses de reclusão. E por ter usado arma quando bebia cerveja, pegou quatro meses. Assim, as penas somadas chegaram a um ano e sete meses.
Fotos: Facebook/TJAP
A morte da empresária Kátia Silva, em 8 de julho de 2020, desde que a informação sobre ela chegou ao público, foi apontada como um feminicídio, tese sempre mantida pelo Ministério Público, e pela própria Justiça, tanto que deu prioridade ao julgamento. Inclusive o acusado Leandro foi expulso da Polícia Civil, por causa do crime.
Os advogados de defesa, por outro lado, chegaram até a afirmar que Leandro não matara a namorada, caracterizando a tese de negativa de autoria. Às vezes, a defesa de Leandro chegou até a acusar o filho da empresária, Cadu, de ter matado a mãe.
Mas o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri não reconheceu o feminicídio, apesar de reconhecer o réu como o autor da morte; eximiu Cadu de culpa, levando, com as suas respostas aos quesitos primordiais relativos aos autos do processo, a juíza presidente do julgamento, Lívia Simone, a dá a sentença inesperada de um ano e sete meses com o julgado tendo o direito de recorrer em liberdade.
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