Wellington Silva
Juvenal Canto

Nunca esquecerei a imagem sempre serena de Juvenal Canto, inicialmente, no Centro Espírita Frei Evangelista, ele e Sol Ellarat Canto, espaço muito significativo para mim de profundo conhecimento introspectivo. Ali, por diversas vezes, ouvi palavras de conforto, o bálsamo necessário, a palestra necessária com mensagens vindas do Alto, onde Juvenal Canto era apenas o Instrumento do Criador, isso, em meados dos anos 80.
Foi também, naquele mesmo espaço, um pouco antes, que com ele aprendi educação de trânsito na Auto Escola Aruana, e o rigoroso e saudoso “Bacaba” era o examinador no Departamento de Trânsito. Quando, de oito ou dez, uma média de três ou quatro passavam, era muito!
Juvenal foi vereador numa época em que não existia remuneração para o cargo e o trabalho era servir o povo, ser solidário. Percorria os quatro cantos do Amapá, fosse de barco, rabeta, remando em montaria, de automóvel em estrada de chão ou a cavalo para levar apoio e uma palavra amiga de conforto às comunidades mais distantes.
E o que dizer do sempre salutar convívio com nosso Grande Decano da Ordem na Academia Amapaense Maçônica de Letras, antes, durante e após nossas reuniões?
Na qualidade de presidente da Academia mudou a sua rotina e o tempo de uso da palavra através do emprego de uma ampulheta.
Motivo:
Na sua avaliação alguns confrades se empolgavam na oratória e por vezes tomavam muito o tempo na pauta de discussão ou na apresentação de algum trabalho literário. Ele ficava olhando a ampulheta, e quando a areia parava de cair, altivamente falava:
– Tempo encerrado!
E o que dizer da nossa tão legal farofa acadêmica por ele sempre “incrementada” com aquela cachacinha “mui” especial acompanhada de uma farofa de piracuí, tão bem preparada pelo Juvenal, com amor?
Então é isso!
Ele era um misto de humor e amor como Decano da Ordem!
Juvenal, tu és e sempre serás LUZ em nossas vidas!