Política

Padre Paulo quer que lei das tradições africanas tenha aplicação diária

Religioso defende estado laico e não se importa de ser chamado até de bruxo


Douglas Lima
Editor

 

A Lei 14.519, sancionada dia 5 passado pelo presidente Lula da Silva, suscitou posicionamento do padre Paulo Roberto Matias e do umbandista Pai Savino, na manhã deste sábado, 14, no programa ‘Togas e Becas’ (Rádio Diário 90,9). A Lei estabelece a instituição do Dia Nacional das Tradições das Raízes e Matrizes Africanas e Nações de Candomblé.

Tão logo iniciou a entrevista, padre Paulo lançou dúvida sobre a aplicabilidade do ordenamento legal, argumentando que há muitas leis no país que ficam só no papel, sem ser executadas no dia a dia.

 

“A gente precisa tomar posse dessa Lei; ter pertencimento, porque as leis só valem quando fazem parte do dia a dia”, disse o religioso, para registrar que tem gente que o chama até de bruxo, em razão de ser um religioso católico, mas que apoia outras denominações.

 

“Eu tenho essa visão, que não é de agora. Na minha formatura, em defendi a tese do ecumenismo. Então, eu defendo mais a religião. Sou adepto do estado laico. Acho que tem que haver um limite do estado e das religiões”, pontuou padre Paulo.

 

Pai Savino, por sua vez, revelou que tem ao longo das suas atividades religiosas sofrido algumas pressões, uma delas, partindo de uma pastora evangélica. Ele também disse que professa o catolicismo, apesar de ser umbandista.

Quanto às pressões sofridas por ele, Pai Salvino disse: “Eu acredito na fé. A fé traz Deus, e Deus é Supremo. Com fé, a gente pode desejar a todos paz, proteção e muitos anos de vida”.

 


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