Política

Deputado propõe criação da Frente Parlamentar em Defesa de Pessoas com Fissura Labiopalatina

Medida visa criar debate sobre problema que só no Amapá atinge seis mil crianças


 

O deputado federal Dr. Augusto Pupio (MDB-AP) apresentou nesta quarta-feira, 8, requerimento à Mesa da Câmara Federal propondo a criação, no âmbito daquela Casa de Leis, da Frente Parlamentar em Defesa da Cirurgia Reparadora de Pessoa com Fissura Labiopalatina, também chamado de Lábio Leporino

 

O objetivo da medida é criar um debate permanente no Parlamento para encontrar soluções adequadas para esse grave problema que afeta dezenas de milhares de família em todo o Brasil. “Segundo estatísticas oficiais, no Brasil a incidência dessa malformação é de um caso a cada 650 nascidos vivos. Só no estado do Amapá existem hoje mais de seis mil crianças fissuradas”, explica o autor da proposta.

 

Como reforço à sua propositura, o parlamentar se utiliza de parecer da cirurgiã plástica mineira Giovana Brandão, que defende o tratamento precoce dessa malformação. “O ideal é que a criança inicie a produção da fala com o palato já operado. Posteriormente o tratamento fonoterápico pode ser indicado caso ocorra atraso do desenvolvimento da linguagem ou para a correção de possíveis erros e hiper nasalidade (voz fanhosa)”, assegura.

 

O deputado ressalta o sofrimento que a fissura causa na vida de um bebê com má formação. “Na prática, essa má formação faz com que o bebê tenha uma fenda na parte superior dos lábios e no céu da boca que acabam limitando as funções de mamar, respirar, comer e falar. É muito importante a participação dos pais no tratamento”, assegura o médico.

 

Para o médico Drauzio Varela, “a fissura labial e a fenda palatina conhecidas popularmente como Lábio Leporino e Goela de Lobo são malformação congênitas, de apresentação variável quer ocorrem durante o desenvolvimento do embrião”.

 

“A fissura labial, ou lábio leporino começa sempre na lateral do lábio superior dividindo-o em dois segmentos, Essa falha no fechamento das estrutura pode  restringir-se ao lábio o ou estender-se até o sulco entre os dentes  incisivo lateral e canino. Atingir a gengiva, o maxilar superior e alcançar o nariz”.

 

Varela assegura que “na fenda palatina, a abertura pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação direta entre um e outro. Pode ainda ser responsável úvula bífida (a úvula ou campainha da garganta aparece dividida) No ent5anto às vezes essa variação de tamanho é pequena, o que gera algum atraso no diagnóstico”.

 

Ainda não se conhecem as causas dessas anomalias, que podem afetar um ou os dois lados da região orofacial, ocorrer isoladamente ou em conjunto, ou ser um dos componentes de uma síndrome genética. Sabe-se, entretanto que os seguintes fatores de risco podem estar envolvidos na sua manifestação: deficiências nutricionais e algumas doenças maternas durante a gestação, radiação, certos medicamentos, álcool, fumo e hereditariedade.

 


Deixe seu comentário


Publicidade