Polícia

Guerra entre facções contabiliza 109 ataques em 2023

O cidadão de bem pode contribuir com a Segurança Pública do Amapá, formulando a denúncia anônima através do 190.


 

Jair Zemberg
Da Redação

 

O Diário do Amapá apurou, em primeira mão, que em 2023 já aconteceram 109 ataques na guerra entre as facções no Amapá.

 

Nossa reportagem apurou junto à Diretoria de Inteligência da Polícia Militar-AP que em pouco mais de dois meses de 2023, já aconteceram 109 ataques principalmente em Macapá e Santana.

Estes ataques deixaram 91 pessoas feridas, a maioria por disparos de armas de fogo, e, dessas 91, 51 morreram e outras 32 pessoas ficaram feridas nos hospitais de Macapá, Santana e de outros municípios do estado.

 

Essa guerra envolve integrantes de, pelo menos, quatro facções criminosas. Estima-se que existe grupo com aproximadamente 10 mil integrantes criminosos.

A nossa reportagem apurou que esses grupos são comandados por indivíduos condenados que estão cumprindo pena na penitenciária do Amapá ou em presídios mesmo de segurança máxima em outros estados do Brasil.

 

Os faccionados são obrigados a pagar uma mensalidade de aproximadamente R$ 50 mensais para o caixa da facção, e são obrigados a praticar roubos, furtos, tráfico de drogas e principalmente homicídios contra os integrantes das facções rivais, crimes estes motivados pela disputa do ponto da venda de drogas, por dívidas contraídas pelo tráfico ou outro motivo torpe.

As organizações criminosas, conhecidas como “facções”, passaram a existir no estado do Amapá no final dos anos 90, quando alguns criminosos presos no IAPEN, em Macapá, por decisão judicial foram transferidos para presídios de segurança máxima em outros estados brasileiros, onde em contato com outros criminosos, passaram a arquitetar e elaborar estratégias de crimes de dentro do IAPEN e hoje atuam principalmente  na capital Macapá e Santana, mas também estão em outros municípios do estado.

 

Foi apurado ainda que a violência entre os grupos vem evoluindo cada vez mais, a comparar que em doze meses do ano de 2022 aconteceram 33 ataques na chamada “guerra entre as facções”.

Resposta

Diante dos números, a Segurança Pública do Amapá vem se mobilizando conjuntamente no combate ao crime organizado, para garantir paz social e evitar que inocentes sejam vitimados. Diversas ações incisivas, principalmente em pontos considerados “área vermelha do crime”, estão sendo reforçadas diariamente com operações que envolvem vários órgãos de segurança pública.

 

Os criminosos faccionados, na maioria, são investigados pela Polícia Federal, Delegacia de Crime Contra o Patrimônio (DCCP), Delegacia de Crime Contra Pessoa(DECIP), Delegacias de Santana e por Delegacias de outros municípios.

A Polícia Militar, através do BOPE, Força Tática, e todos os outros batalhões de área, principalmente de Macapá e Santana, estão diuturnamente combatendo as facções, atuação percebida nas constantes intervenções policiais, causando a morte de criminosos faccionados que decidem enfrentar a polícia quando são cercados.

Vale ressaltar que quando o indivíduo veste a camisa de determinada facção, ele paga com a vida se desrespeitar qualquer regra a ele imposta, e a fidelidade é comprovada através das ações criminosas, o que pode levar o indivíduo a ocupar o posto de liderança do crime.

 

O cidadão de bem pode contribuir com a Segurança Pública do Amapá, formulando a denúncia anônima através do 190. Você terá a garantia do sigilo da identidade.

 

 


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