Wellington Silva
Caminhos a se pensar…

Para que o Brasil possa cumprir os 17 compromissos assumidos na Organização das Nações Unidas – ONU, até o prazo determinado, que é o ano de 2030, ele fundamentalmente necessitará vencer seus velhos e históricos problemas econômicos e sociais.
De lembrar que em setembro de 2015 as Nações Unidas renovaram seu compromisso com uma agenda global para o desenvolvimento.
Existe uma forte tendência mundial de balancear políticas de ajuda de desenvolvimento de um país com benefícios de acesso ao mercado, desde que este país cumpra as exigências definidas pela ONU, quais sejam, de respeito ao direito, apoio ao trabalho sustentável e livre, proteção ao meio ambiente e combate a corrupção, tarefa não muito fácil para países em crise e democracias fragilizadas por atos de corrupção, violência urbana e taxas preocupantes de desemprego.
Um grande desafio:
Como o Brasil pretende criar melhorias para a geração de qualidade de vida de uma expressiva população na linha da pobreza e abaixo da linha de pobreza se apresenta nestes últimos anos cenários de taxas oscilantes e crescentes de pessoas que não conseguem acessar o mercado de trabalho?
Para pesquisadores e analistas, o programa populista Auxílio Brasil, por exemplo, não passou de um paliativo diante do grave cenário social brasileiro, isto é, a oferta do governo de pequena ajuda financeira, por tempo determinado, sem encarar o problema de frente:
O desemprego!
Às nossas crianças pobres não lhes é dada a oportunidade de frequentar a mesma escola de qualidade que crianças pertencentes ao staff de moradores de prédios e residenciais de luxo frequentam.
Em nosso país ainda perduram graves dificuldades para a promoção da igualdade social ou justiça social. Trata-se de uma herança cultural atual que o governo Lula tem de encarar de frente, como desafio fundamental.
Na visão de muitos analistas a crise econômica, a corrupção, a violência urbana, polarização política e os desastres ambientais são sérios problemas que precisam ser urgentemente vencidos para que o Brasil possa se firmar com respeito no cenário mundial.
Mister lembrar que a adesão do Brasil aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) ocorreu em setembro de 2015, em Nova York, durante a Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Dentro dos próximos 15 anos os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que são 17 objetivos e 169 metas, devem ser cumpridos por todos os países que adotaram os ODS.
Particularmente, nós, brasileiros, temos alguns pontos a comemorar:
A nossa matriz energética é considerada muito mais limpa que a de muitos países que ainda apresentam dependência excessiva de combustíveis fósseis.
Mas, infelizmente e tristemente, a meta nacional para redução do desmatamento ainda não foi alcançada. E ainda bem que o nosso Estado do Amapá figura como o mais bem preservado do Brasil e um dos mais do mundo. Lamentável é o mundo globalizado não reconhecer o Amapá como uma das regiões mais bem preservadas do planeta, e tudo ficar no “deixa pra lá e pra depois” as ditas e não cumpridas compensações financeiras.
Imperativo também mudar a velha política perversa de tributação em cima de salários ao invés de tributar a renda e o patrimônio. Diante deste “andor”, nesta via sacra os pobres são os que mais pagam impostos, demandam mais políticas públicas e não conseguem retorno daquilo que necessitam.